sexta-feira, 11 de junho de 2010

VIVER PARA SERVIR

   Conta-se a história de uma senhora que certa noite, deitou-se, pensando bastante na melhor maneira de cumprir com a vontade de Deus. Muito preocupada com o assunto, adormeceu e sonhou. Para seu espanto, quem sabe, sonhou que foi levada para o inferno. Lá chegando ficou muito impressionada com o ambiente, ricamente decorado, com belas cortinas e tapetes nas salas e dependências. Ao chegar ao refeitório viu mesas postas com lindos talheres. A comida exalava um aroma agradável, apetitoso.
   Uma campainha anunciou a entrada dos habitantes do inferno no refeitório. Seus rostos eram abatidos e tristes. Sentaram-se a mesa, encheram seus pratos, mas não comeram. A mesa tinha um metro de largura e os talheres tinham um metro de comprimento cada um. Todos eram obrigados a segurar os talheres pela ponta do cabo. Desta forma, por mais que se esforçassem, com um talher de 1 metro de comprimento, não conseguiam levar o alimento até a boca. Saíram todos do refeitório sem provar a comida.
   Muito impressionada com tudo aquilo, a senhora, em seu sonho pediu para ser levada até o céu para ver como era a refeição no céu. Quando chegou ao céu, para sua surpresa, viu que tudo era também muito bonito e enfeitado, a exemplo do inferno. Quando entrou no refeitório do céu, notou que a mesa e os talheres eram do mesmo comprimento daqueles do inferno. Mas, quando os habitantes do céu entraram no refeitório, ela viu que eles possuíam rostos alegres, risonhos e brilhantes. Sentaram-se à mesa e segurando aqueles talheres de 1 metro de comprimento pela ponta do cabo, alimentaram-se fartamente. Cada um enchia o garfo e o colocava na boca do vizinho da frente. Desta forma todos forma servidos, servindo-se uns aos outros.
   Ao acordar de seu sonho, aquela senhora chegou a esta conclusão: “Os habitantes do inferno eram aqueles que na terra viveram uma vida de egoísmo, pensando só em si mesmos e fazendo tudo para si só. Por isso, eles não sabiam usar aqueles talheres. Os habitantes do céu eram aqueles que tinham vivido na terra uma vida de amor ao próximo, uma vida para servir. Pensavam sempre nos outros, e quando viram aqueles talheres enormes souberam usa-los muito bem.
   Foi um sonho, é verdade, mas ele ilustra bem a nossa tarefa de servir ao Senhor, viver para servir, espelhando-se no exemplo do próprio Salvador Jesus, “que veio ao mundo, não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”. Aprender a servir, e colocar isto em prática em nossa vida cristã, é um dos desafios que temos como filhos amados de Deus. Infelizmente, numa realidade de congregação são poucos os que se colocam à disposição para servir. Talvez, porque não entenderam ainda que tudo o que fazemos no Reino de Deus, ou seja, na Igreja, não é para homens que fazemos, mas para Deus. As obras que realizamos tanto na Igreja, como fora dela, não visam buscar o reconhecimento e o elogio dos homens, mas são reflexos, frutos de nossa vida de fé e de entrega ao Salvador de nossas vidas, ao Deus que tanto nos ama e abençoa. Há uma música que diz: “Sou livre pra servir, sou livre pra servir ao meu Senhor, de todo o coração.
    Amém.

Pastor Alessandro Souto
(pastor de CELP)


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