terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Culto 26 dezembro 2010 - pastor Arno Goerl


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Hinos
152
289
285
276
205


Leituras Bíblicas:
Salmo 90.1-12
Isaías 63.7-15
Mateus  12.13-23



Sermão Pastor Arno Goerl

                  Texto para a locução encontramos no Salmo que serviu de intróito para este culto: Salmo 90.1 “Senhor, tu tem sido o nosso refúgio, de geração em geração.

                  Estimados irmãos e irmãs:

     O último domingo de 2010. É o final de mais um ano.
                  É humanamente impossível fazer uma lista do que aconteceu, dia após dia, na vida de cada pessoa. Cada pessoa neste 2010 teve a sua história, uma história que não retornará mais. Tudo é passado. As alegrias, as tristezas, os problemas, as soluções, a enfermidade e a saúde, o nascimento e morte.  Tudo é passado. Um passado que deixa reflexos para a vida que continua,  para o futuro. Um passado que leva muitos a olhar para o futuro com pessimismo e grandes preocupações e outros até com medo. Entretanto, há aqueles que olham para o futuro com grandes esperanças, na certeza de um futuro melhor. De dias mais felizes. Como nós, cristãos, olhamos para o futuro? Com esperança, ou com medo do que possa acontecer? Tudo pode acontecer! O futuro é uma grande interrogação! Pode acontecer até o pior; a morte! Não importa o que venha a acontecer. Dias amargos ou tranquilos. Olhamos para o futuro com esperança, porque  podemos dizer: Senhor, Tu tem sido o nosso refúgio, de geração em geração!

                 Passam-se os anos como um breve pensamento. Está escrito! E está escrito que tudo passa rapidamente e nós voamos. Tudo passa. Tudo muda. Deus não passa. Deus não muda! Cristo é o mesmo; ontem, hoje e eternamente! É o nosso refúgio.
Senhor, tu tem sido o nosso refúgio, de geração em geração... Essas palavras são de Moisés, do único salmo que Moisés escreveu, o salmo 90. E ninguém melhor do que Moisés para falar no refúgio de Deus... quando era nenezinho, judeu, em terras egípcias, o Faraó, vendo que a população  judaica havia crescido muito, mandou matar todo o menino judeu, abaixo de dois anos. Moisés escapou, Deus foi o seu refúgio. Escapou da morte e não apenas isto; foi adotado pela princesa egípcia e tornou-se, depois, um príncipe nas terras do Egito. Durante quarenta anos recebeu a melhor educação do palácio do Egito, quando então, matou o egípcio que estava machucando um judeu, judiando de um judeu. Matou o egípcio e precisou fugir, para não ser morto. Deus o escondeu durante 40anos, nas terras de Midiã e ali ficou durante 30, pastoreando ovelhas; ali, formou a sua família. Já com oitenta anos, Deus vem a ele e diz: Moisés,  agora tu vais libertar o meu povo, escravo no Egito. Moisés, pesado de língua, provavelmente era gago... não sabia falar direito. Ele reconhece que tinha medo de retornar ao Egito, porque com certeza, seria morto! Mas Deus o escolheu para libertar o povo de Israel da escravatura egípcia! E ele foi, porque o Deus todo-poderoso, foi o seu refúgio, e conseguiu libertar o povo de Israel, que na época, só de homens, tinha 600 mil; e homens de pé, sem contar enfermos, sem contar mulheres, sem contar crianças. Que marcham, rumo á terra que Deus havia prometido. Agora, Moisés olha para o passado e reconhece: Senhor, tu tem sido o nosso refúgio, de geração em geração! Olha para o futuro. À frente, um deserto. E o pior. Inimigos, povos inimigos que precisariam ser vencidos, para que chegassem á terra de Canaã, a terra prometida por Deus. Mas não há medo, Moisés conhece muito bem o seu Deus. Conhece a fidelidade do Senhor e sabe que Ele é refúgio.
Senhor, tu tem sido o nosso refúgio, de geração em geração! E no deserto, Deus-refúgio fartou-os de pão e água. Na guerra, conduziu-os á vitória. Senhor, tu tem sido nosso refúgio, de geração em geração.

                 Como Moisés, nós também olhamos para o passado, como Moisés, tivemos nossos momentos de grandes provações, momentos de dor, de lágrimas e até de luto! Como Moisés, fomos consolados, fortalecidos, abençoados, tivemos um refúgio no Senhor e chegamos até aqui. Senhor, tu tem sido nosso refúgio, de geração em geração. Refúgio de amor, de perdão, de salvação, refúgio de bençãos, e isto tudo unicamente por graça. Ainda lembramos, neste final de ano, a vinda do Salvador ao mundo, porque Deus amou o mundo, com um amor sem medida que deu Seu filho unigênito, para que todo o que Nele crê, não seja condenado, não pereça, mas tenha a vida eterna. Lembramos o profundo amor de Deus; nós, que estando mortos em nossos delitos e pecados, veio a nós, em Seu filho, e nos deu vida e eterna salvação. Este Deus é refúgio de todos  aqueles que Nele confiam e confiam na poderosa salvação que Ele realizou por meio de Seu filho Jesus. Todos nós, com este Deus, podemos confirmar, em nossas vidas, as palavras de Moisés: Senhor, tu tem sido nosso refúgio, de geração em geração.

                 Olhamos para a frente. Talvez, precisemos passar por deserto, talvez não faltem inimigos... um deserto sem água, sem conforto, sem bens materiais, sem saúde. E, com certeza, um deserto repleto de inimigos,  especialmente, o maior deles: o apóstolo Pedro já dizia: Sede sóbrios, e vigilantes, o diabo, vosso adversário, vosso inimigo, anda em derredor, como Leão que ruge, procurando alguém para devorar... alguém para afastar do caminho das bençãos do refúgio e da salvação preparada por Deus. O diabo anda á espreita, para tirar de alguém a certeza da salvação e a própria salvação! Mas não importa! Deus é por nós. Se Deus é por nós, quem será contra nós, pergunta o apóstolo Paulo? Ninguém. Nada poderá nos destruir. Nada poderá nos afastar de amor de Deus, revelado a nós pecadores, por meio de Jesus Cristo! Nada poderá nos roubar a herança que Deus, por graça, dá a cada um de nós, por meio de Jesus, a vida eterna. Por isso, ainda que andemos pelo vale da sombra da morte, não temeremos, porque Deus é o nosso refúgio, de geração em geração.

                  Amém.




Sermão Pastor Arno Goerl
parte 1





Sermão Pastor Arno Goerl
parte 2








sábado, 25 de dezembro de 2010

Culto de Natal - 25 dezembro 2010

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Hinos

571
550
21
554
557
553


Leituras do dia:

Salmo 2
Hebreus 1
João 1


CONFISSÃO DE FÉ DO CULTO DE NATAL:

            O - Creio que Jesus Cristo é, desde a eternidade, verdadeiro Deus com o Pai e o Espírito Santo.
            C - Creio que ele tornou-se também verdadeiro homem ao nascer da virgem Maria.
         O - Creio que, com o seu nascimento, cumpriu-se a promessa feita aos antigos, sendo Ele o Verbo que se fez carne e habitou entre nós.
         C - Creio que Ele é o verdadeiro Filho de Deus, meu Salvador.  Ele é a expressão do amor de Deus para comigo.  Ele nunca pecou, mas fez-se culpado em meu lugar, assumindo os meus pecados e morrendo em meu lugar na cruz, ressuscitando ao terceiro dia.
         O - Creio que o que Ele fez por mim foi perfeito e completo. Nele, e só nele, eu tenho o perdão dos pecados e pertenço aos seus para sempre.
            C - Ele governa a sua igreja junto ao trono do Pai e intercede a meu favor.
         O - Creio que Ele voltará um dia para chamar de volta à vida a todos os mortos e separar para sempre os crentes e descrentes.  E então levará para o seu reino eterno, definitivamente, os que Nele confiaram.
            T - Sim, eu creio no Menino nascido em Belém. Ele é o maior presente que posso receber.  Ele é a minha eterna felicidade. Amém.
CONFISSÃO DE FÉ:
            O - Creio que Jesus Cristo é, desde a eternidade, verdadeiro Deus com o Pai e o Espírito Santo.
            C - Creio que ele tornou-se também verdadeiro homem ao nascer da virgem Maria.
         O - Creio que, com o seu nascimento, cumpriu-se a promessa feita aos antigos, sendo Ele o Verbo que se fez carne e habitou entre nós.
         C - Creio que Ele é o verdadeiro Filho de Deus, meu Salvador.  Ele é a expressão do amor de Deus para comigo.  Ele nunca pecou, mas fez-se culpado em meu lugar, assumindo os meus pecados e morrendo em meu lugar na cruz, ressuscitando ao terceiro dia.
         O - Creio que o que Ele fez por mim foi perfeito e completo. Nele, e só nele, eu tenho o perdão dos pecados e pertenço aos seus para sempre.
            C - Ele governa a sua igreja junto ao trono do Pai e intercede a meu favor.
         O - Creio que Ele voltará um dia para chamar de volta à vida a todos os mortos e separar para sempre os crentes e descrentes.  E então levará para o seu reino eterno, definitivamente, os que Nele confiaram.
            T - Sim, eu creio no Menino nascido em Belém. Ele é o maior presente que posso receber.  Ele é a minha eterna felicidade. Amém.
CONFISSÃO DE FÉ:
            O - Creio que Jesus Cristo é, desde a eternidade, verdadeiro Deus com o Pai e o Espírito Santo.
            C - Creio que ele tornou-se também verdadeiro homem ao nascer da virgem Maria.
         O - Creio que, com o seu nascimento, cumpriu-se a promessa feita aos antigos, sendo Ele o Verbo que se fez carne e habitou entre nós.
         C - Creio que Ele é o verdadeiro Filho de Deus, meu Salvador.  Ele é a expressão do amor de Deus para comigo.  Ele nunca pecou, mas fez-se culpado em meu lugar, assumindo os meus pecados e morrendo em meu lugar na cruz, ressuscitando ao terceiro dia.
         O - Creio que o que Ele fez por mim foi perfeito e completo. Nele, e só nele, eu tenho o perdão dos pecados e pertenço aos seus para sempre.
            C - Ele governa a sua igreja junto ao trono do Pai e intercede a meu favor.
         O - Creio que Ele voltará um dia para chamar de volta à vida a todos os mortos e separar para sempre os crentes e descrentes.  E então levará para o seu reino eterno, definitivamente, os que Nele confiaram.
            T - Sim, eu creio no Menino nascido em Belém. Ele é o maior presente que posso receber.  Ele é a minha eterna felicidade. Amém.


Sermão pastor Alessandro Souto
parte 1



Sermão pastor Alessandro Souto
parte 2


 




Hino Volta Sempre Ao Mundo



quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Culto do dia 19 de dezembro - pastores Arno Goerl e Alessandro Souto




Sermão pastor Arno Goerl
parte 1



Sermão pastor Arno Goerl
parte 2






Pergunte ao Pastor

Em resposta a um questionamento sobre as denominações religiosas, e o fato de que elas não deveriam existir, junto a uma suposição de que seguimos homens e não a Cristo (seção pergunte ao pastor), o pastor Alessandro Souto postou a seguinte resposta, que acredito ser extremamente pertinente para dividir com nossos membros e com toda a cristandade, a igreja de Cristo.

"Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema." Gálatas 1:9

Boa leitura! Que Deus nos abençoe!
Administrador.



    Olá! Respondendo aos comentários do “anônimo”! 

    O que é a Santa Igreja Cristã?

    É a totalidade de cristãos espalhados por todo o mundo (luteranos, batistas, metodistas, presbiterianos, católicos, etc.). Quem pertence à Santa Igreja Cristã? Somente aqueles que creem em Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador. O que torna uma pessoa membro desta Igreja? A fé em Jesus Cristo. Onde se encontra a verdadeira Igreja Cristã? Em todos os lugares onde o Evangelho é anunciado corretamente. A Igreja Cristã consiste em todos os que creem verdadeiramente no Evangelho, isto é, na graciosa mensagem de Deus de que, por amor do sacrifício de Cristo, tem gratuitamente o perdão dos pecados, vida e Salvação (João 1.29). Essa definição do termo Igreja é importante em vista dos muitos erros defendidos acerca deste ponto. Segundo a Bíblia, só a fé no Cristo que morreu pelos pecados do mundo torna a pessoa membro da Igreja. As pessoas, porém, não são membros da Igreja porque são santificados pelo Espírito Santo nem porque produzem frutos de fé, mas apenas porque confiam em Cristo para a Salvação (Romanos 3.28 e 4.3-5). Os verdadeiros membros da Igreja estão ligados à mesma por sua comunhão de fé interior, espiritual com o Deus Triúno, por cuja razão também são casa de Deus (1º Timóteo 3.15), templo de Deus (1º Coríntios 3.9, 2º Coríntios 6.16), corpo de Cristo (Efésios 1.23), filhos de Deus (João 11.52, Gálatas 3.26-29). Todos que desprezam a satisfação vicária de Cristo, a eficácia dos meios da graça (Palavra e Sacramentos) e a justificação somente pela fé, passam a considerar a Igreja uma espécie de escola de correção em que as pessoas devem aprender como ser boas e, dessa maneira, quem sabe merecer a Salvação. A doutrina bíblica da Igreja está edificada sobre a doutrina central da justificação pela graça de Deus, mediante a fé em Cristo, de sorte que permanecerá ou cairá com essa doutrina. Uma das perguntas que a igreja cristã, ao longo de toda a sua história, sempre de novo precisou responder, é a indagação a respeito de sua própria identidade. Na medida em que a igreja perde a clareza a respeito de sua própria identidade ela também perde de vista a razão de sua existência aqui neste mundo. Ser povo de Deus significa ser igreja de Deus. E a igreja é corpo vivo de Cristo. Ela é a Santa Igreja Cristã, a comunhão dos santos. Ela é também chamada de Sínodo, que quer dizer: caminhar juntos, caminhar com um mesmo objetivo. Ser povo de Deus é graça, presente, privilégio, é perdão dos pecados, salvação, amor de Deus Pai, através de Jesus Cristo! Pela fé não pertencemos mais ao mundo, nem a Satanás, nem a nós mesmos. Pela fé em Cristo pertencemos a Deus e somos parte da sua igreja, pois fomos comprados com o sangue de Cristo. No decorrer dos anos, a medida em que a igreja foi se desenvolvendo como organização, muitos passaram a confundir a estrutura da mesma com a igreja propriamente dita. Mas afinal, o que é igreja? Como a Bíblia a apresenta? A palavra “Igreja” tem diversos significados possíveis, indo contra inclusive ao que o anônimo afirmou:

   1. Templo: construção onde se realizam cultos, batismos, Santa Ceia, etc.
   2. Denominações religiosas: as diversas religiões são chamadas de igrejas (Igreja Luterana, Igreja Católica, Igreja Batista, etc.).
   3. Comunidade ou Congregação: grupo de cristãos que se reúne num certo lugar (templo, salão, escola, ou casa) para ouvir e aprender a Palavra de Deus. Na Galácia, no tempo do apóstolo Paulo, cristãos se reuniam e formavam igrejas (congregações ou comunidades). E assim continua até hoje (Gálatas 1.2,3). 
   4. Igreja visível: conjunto de todas as pessoas que confessam a fé cristã e ouvem a Palavra de Deus.
   5. Santa Igreja Cristã: a Igreja invisível, o conjunto de todos os cristãos - a comunhão dos santos. Ninguém pode olhar no coração de outras pessoas para saber se possuem a fé verdadeira ou não. Somente Deus sabe quem crê de fato e de verdade. Por isso dizemos que a Igreja é invisível (1º Timóteo 2.19). No Novo Testamento a palavra “ekklesia” é usada para indicar: igreja universal; igreja local; igreja de determinada região ou área. No entanto, fica claro que ela não é resultado de decisão humana, mas é obra de Deus. A raiz da palavra significa: “chamados para fora”, ou seja, aquelas pessoas que são chamadas para fora da incredulidade, do distanciamento de Deus, para serem aquelas que ouvem a sua voz. Deus nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1º Pedro 2.9). O texto de Efésios 5.25-27 afirma: “... como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela Palavra (Batismo), para a apresentar a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem cousa semelhante, porém santa e sem defeito”. Os que crêem em Jesus são lavados dos seus pecados. Os membros da Santa Igreja Cristã continuam pecando por pensamentos, palavras e ações. Quem pertence a santa Igreja Cristã não se torna um “santinho” ou perfeitinho”. A Igreja é composta de pecadores que precisam constantemente do perdão de Deus oferecido a todos através de Cristo. Deus considera os membros de sua Igreja santos por causa de Jesus, “pois o sangue de Jesus, o seu Filho nos purifica de todo o pecado” (1º João 1.7). A Igreja Cristã universal é uma só. A unidade da Igreja Cristã, que é expressamente ensinada por Cristo (João 10.16), baseia-se em sua unidade da fé no único Salvador (Efésios 4.3-6). Uma vez que a Igreja é a comunhão dos que creem, só é composta pelos que creem que, sendo perdidos e condenados, são salvos somente pela graça, mediante a fé no sacrifício de Cristo (Romanos 3.23,24, Romanos 3.28). Todos aqueles que não professam essa fé cristã não são membros da Igreja, mas se situam fora dela (1º João 2.23; 5.12; Gálatas 5.4 e 3.10). Diz Paulo dos membros fiéis da Igreja: “Todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3.28). Em todos os lugares onde o Evangelho é anunciado corretamente, ali também há pessoas que creem em Cristo, porque Deus prometeu que a sua Palavra produzirá frutos. Isto quer dizer que há cristãos não somente na Igreja Luterana, mas também em outras religiões cristãs onde o Evangelho é anunciado clara e puramente. Visto que a fé salvadora, pela qual a pessoa se torna membro da Igreja, é exclusivamente obra de Deus (Ef. 1.19,20; 1º Pe. 1.5; Jo. 1.13), a Igreja deve sua existência e manutenção totalmente a graça divina (Sl. 100.3 e 1º Pe. 2.9,10). O meio ou instrumento pelo qual Deus congrega e sustenta a Sua Igreja é o Evangelho em todas as suas diferentes formas de aplicação, mediante o qual o Espírito Santo gera e mantém a fé (Rm. 10.13-17; 1º Pe. 1.23-25). 

    É de grande importância a pergunta sobre se a igrejas locais existem por instituição ou ordem de Deus, de forma que os crentes que vivem em determinado lugar tem de organizar essas igrejas onde elas não existem, ou filiar-se as mesmas onde existam. À objeção daqueles que negam esse ponto sob a alegação de que a simples filiação a igreja cristã universal é suficiente para a salvação e que Cristo não transmitiu aos seus seguidores nenhuma ordem direta para estabelecimento de igrejas locais ou filiação às mesmas, respondemos que é realmente vontade e determinação de Deus o seguinte: 1) que todos os que creem e vivem num lugar devem estabelecer o ministério público no seu meio e fazer uso diligente dele ouvindo e aprendendo a Palavra de Deus conforme é proclamada pelos ministros divinamente chamados (Ef. 4.3-6; At. 2.42-47; At. 14.23; At. 20.28; 1º Co. 12.28; 1º Pe. 5.2,3 e Tt. 1.5). 2) que celebrem conjuntamente a Santa Ceia (1º Co. 11.26; 10.17) e exerçam os deveres da comunhão e do amor cristãos (1º Co. 11.33; 1.10; At. 6.16 e Cl. 3.15,16). De tudo isso, concluímos, portanto, que é realmente vontade e ordenação de Deus que os cristãos estabeleçam e mantenham igrejas locais; pois, sem elas, essas obrigações cristãs impostas não podem ser desempenhadas de modo satisfatório. Todos os cristãos sinceros devem observar com cuidado o que é realmente Igreja, especialmente nesta época em que o espírito do indiferentismo se alastra de modo alarmante em tantas igrejas e há manifesta tendência de se pôr para o lado a doutrina cristã que vem sendo divulgado há 2000 anos e reorganizar as igrejas de forma “relacional” ou não institucional. O modernismo de “alguns cristãos” dos dias atuais requer a eliminação de qualquer base confessional, e está, por conseqüência, em oposição a clara incumbência que Cristo deu a sua Igreja (Mc. 16.15, Mt. 28.20, Mt. 10.32-39). A divisão da Igreja Cristã é sem dúvida algo negativo. O problema é que algumas pessoas se revoltam com algum detalhe dentro de sua denominação e acabam abandonando-a e formando grupos à parte, achando que assim vão agradar a Deus e seguir o caminho correto. Assim, ajudam a promover ainda mais divisão dentro da Igreja, tentando também desviar maldosamente outras pessoas para o seu grupo independente ou sem “nome” oficial. Quando falamos da igreja, falamos da obra do Espírito Santo em nós e através dos homens. Assim, também, se queremos saber quais são os objetivos que Deus propôs para a igreja cristã, precisamos conhecer os objetivos de Deus, pois a igreja é de Deus e, por isso, não são os homens que estabelecem os seus propósitos, mas Deus. Ninguém pode se tornar dono da igreja e estabelecer a seu bel prazer as regras e os ensinos. Pelo Espírito Santo a igreja fui levado e incorporado através do fato de haver ouvido e ainda ouvir a Palavra de Deus, que é o princípio para nela se entrar e se manter. Pois antes de haver chegado a esta congregação, pertencíamos totalmente ao diabo, como pessoas que nada sabiam de Deus. Com respeito ao uso correto da doutrina da Igreja, é importante salientar alguns pontos importantes. Fazemos uso apropriado da doutrina da Igreja 1º) quando cuidamos ser e permanecer membros da Igreja invisível (2º Co 13.5, João 8.31,38); 2º) quando, para esse fim, aderimos à Igreja da Palavra e Confissão puras e evitamos todas as igrejas ou “grupos” falsos (Mt. 7.15; 1º João 4.1; Romanos 16.17; 2º Co. 6.14-18); e 3º) quando, segundo a nossa capacidade, contribuímos para o seu sustento e propagação (1º Co. 9.14; Gl. 6.6,7; 1º Tm. 5.17,18; 1º Ts. 5.12,13; Mc. 16.15,16; Mt. 28.19,20). Esses pontos merecem consideração constante da parte de cada cristão fiel e devem ser ensinados pelos ministros (pastores) tanto em instrução pública como particular. 

    Se, por um lado salientamos que a igreja é obra de Deus, por outro, temos que salientar que a igreja sempre se manifesta de maneira local em todo o Novo Testamento, seja através de uma congregação local ou de um grupo de congregações. A igreja é um conceito concreto que se manifesta de forma visível. A igreja sempre é reconhecível porque ela se manifesta pela administração e uso da Palavra e dos sacramentos. É algo concreto e visível. Uma congregação local tem todos os direitos e deveres da igreja cristã. Estes direitos não ficam aumentados nem restringidos (reduzidos) pelo fato de haver uma organização eclesiástica regional, nacional ou internacional. Pode haver, com vistas a uma melhor organização de trabalho, delegação de tarefas, mas isto não tira de nenhuma congregação local os seus direitos e deveres de Igreja. Esta igreja cristã é reconhecível através de certas marcas características pelas quais se manifesta e age. Destacamos as seguintes características especiais: 1. Pelo fato de possuir a Palavra de Deus. Onde esta Palavra é ensinada clara e puramente, crida e confessada, aí está a Igreja cristã. 2. Pelo Sacramento do santo Batismo. Ele é meio da graça e, onde ele está presente, ali está presente a igreja cristã. 3. Pelo sacramento do Altar, a Santa Ceia. Também é meio da graça e ninguém o utiliza, conhece ou distribui a não ser a Igreja Cristã. Aliás, ninguém pode se adonar da Santa Ceia, pois ela foi dada unicamente a Igreja pelo próprio Salvador Jesus. 4. Pela Absolvição (anúncio do perdão). Estas são as Chaves, que podem ser utilizadas de forma pública ou particular - Ler Mateus 18.15 e seguintes. 5. Pelo fato de ordenar ou chamar servos da igreja. O que deve ser valorizado e honrado é o ministério, independentemente da pessoa que o exerce. O ministério é algo bíblico e não humano. Deus criou e estabeleceu o ministério. No Antigo Testamento eram os profetas e no Novo Testamento os apóstolos, bispos e presbíteros (pastores). 6. Pelo fato de que publicamente ora, louva e agradece a Deus. São meios de santificação que o Espírito Santo utiliza para santificar o povo de Cristo. “A Igreja é a congregação dos santos, na qual o evangelho é pregado de maneira pura e os sacramentos são administrados corretamente. E para a verdadeira unidade da igreja basta que haja acordo quanto à doutrina do evangelho e à administração dos sacramentos”. “A igreja não é apenas sociedade de coisas externas e ritos, como acontece em outros governos, senão que é, principalmente, sociedade de fé e do Espírito Santo nos corações, sociedade que possui, contudo, notas externas, para que possa ser reconhecida, a saber: a pura doutrina do evangelho e a administração dos sacramentos de acordo com o Evangelho de Cristo”. Portanto, a igreja é o povo que ouve a voz do bom Pastor, ou seja, todos aqueles que confiam no Salvador Jesus. É reconhecida pela pregação do puro evangelho e administração correta dos sacramentos. E para isto Deus instituiu na igreja o santo ministério. Não há uma ordenação divina quanto à maneira como a igreja deve se organizar. Portanto, neste ponto, não há motivos para intransigências (intolerância, ignorância). Se Deus fosse contra organizações e construções de templos, Ele jamais permitiria que o seu povo já no Antigo Testamento construísse templos para adoração do Deus verdadeiro. A organização deve servir a igreja para que o evangelho seja anunciado com maiores facilidades. Se a organização dificulta a pregação, deve haver uma reorganização, pois o que nunca deve ser afetado é a pregação do Evangelho. A organização da igreja deve ter em mente os objetivos para os quais a igreja existe. Por exemplo: Se a congregação tem como objetivo pregar de forma intensa a Palavra de Deus, ela providenciará em seu meio o santo ministério, suas instalações sejam apropriadas, haja material didático adequado, pessoas encarregadas de dar todo o amparo necessário.

    Deus quer que a Sua Palavra seja ensinada corretamente. Ninguém tem o direito de ensinar outras coisas ou deixar de ensinar aquilo que Deus ordenou. Não se deve acrescentar, diminuir ou mudar o sentido da Palavra de Deus. Há muitas igrejas visíveis (denominações). Algumas são verdadeiras, outras são falsas. Que bom que no céu não haverá somente luteranos. Até porque o número não seria expressivo. No céu estarão todos aqueles que realmente creram em Cristo como seu único e suficiente Salvador. No céu haverá luteranos, batistas, metodistas, católicos, etc. Basta que estes creiam unicamente em Cristo. A solução, caro amigo anônimo, não é as pessoas abandonarem as igrejas oficiais (como alguns, infelizmente estão fazendo). A solução é crer firmemente no Salvador Jesus e seguir a Sua Palavra. Agora, que uns ou outros não pensem que serão os únicos salvos só porque não estão mais ligados a uma igreja oficial ou “institucional”. A Salvação não pertence a este ou aquele grupo, tenha nome ou não. A Salvação pertence a Deus. E ela é dada unicamente mediante a fé verdadeira em Cristo Jesus.     

Abraço a todos!     

Em Cristo!     

Pastor Alessandro Souto

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Programa de Natal 2010 - 18 de dezembro

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Grupo Paz em Cristo
Num Berço de Palhas




Coral da CELP
Ó Vinde Fiéis




Grupo Paz em Cristo
O Grande Presente



Crianças de Escola Dominical
Bate o Sino



Grupo Paz em Cristo e comunidade
Num Berço de Palhas



Mensagem - pastor Alessandro Souto

          Prezados visitantes, irmãos e irmãs no Deus-menino nascido em Belém.
         Olhem para o nosso presépio por alguns instantes! Cada personagem que ali está representado teve a sua importância no primeiro presépio lá de Belém da Judéia. Cada figura que ali está representada (as estrelas, os sinos) tem a sua importância na lembrança e divulgação do Natal.
         Pergunto para as crianças: De tudo isto que está ali, quem não pode faltar no presépio? (esperar) Pergunto a todos vocês agora: Quem não pode faltar no presépio?
         Jesus não pode faltar no nosso Natal. Jesus não pode faltar na nossa vida diária. Jesus não pode faltar no nosso coração.
         A palavra “presépio” significa “um lugar onde se recolhe o gado, curral, estábulo, estrebaria. Foi numa estrebaria mal cheirosa, fria, sem aconchego nenhum, em meio aos animais que nasceu o Salvador enviado por Deus.
         Foi numa estrebaria que o nosso Deus veio ao mundo, se tornando uma criança que viria para realizar a maior obra de amor já vista: dar a sua vida para salvar cada pessoa que crê.
         Os anjos anunciaram aos pastores naquela noite: “Hoje vos nasceu o Salvador”. Depois de verem o Salvador nos braços de sua mãe, a reação dos pastores não foi de indiferença ou inércia, como acontece hoje com muitos que vão à igreja no Natal e durante o resto do ano se esquecem de Jesus. Não, eles voltaram cantando hinos de louvor a Deus e agradecendo pelo que tinham ouvido e visto.
         Estimados amigos: No Natal e depois do Natal, voltemos diferentes! Sim, voltemos diferentes aos nossos lares, ao nosso trabalho, aos nossos amigos. Voltemos transformados e renovados pela boa notícia do perdão que veio ao mundo em forma humana! Vivamos diferentes por causa da Salvação que esta criança que nasceu em Belém veio nos trazer.
         A Estrebaria, o presépio estará INCOMPLETO se por detrás não conseguirmos enxergar uma cruz e um túmulo vazio. A Salvação que Cristo conquistou envolvia morte, mas também vitória sobre ela: a ressurreição.
         No céu com certeza veremos ao vivo e a cores o que significou Deus se fazendo igual a nós... nascendo em Belém...
         Que o nosso coração estremeça, vibre, exulte neste Natal, ao relembrarmos o nascimento do Salvador, e que Deus derrame sobre nós seu Espírito Santo para podermos cantar a Ele em gratidão. E que cada um de nós seja de fato feliz por Jesus nascer, vir ao mundo para ser o nosso Senhor e Salvador. Amém.




Ricos demais


Um casal idoso do Canadá não conseguiu se adaptar à vida de milionário e resolveu doar 98% dos 19 milhões de reais que ganhou numa loteria. A doação foi feita para organizações de caridade, instituições sociais e também para hospitais onde a esposa fez tratamento contra um câncer. Semana passada o estranho gesto despertou o interesse dos jornais. Numa entrevista, o casal explicou: “Ninguém entende por que demos o dinheiro, mas nós não precisávamos daquela fortuna”.
Alguém pode pensar: “Já estão no final mesmo”. Sim, mas não seria a oportunidade para aproveitar o que resta da vida, conhecer o mundo, usufruir intensamente os prazeres do conforto, da tecnologia, sobretudo neste período quando a velhice gera inúmeras limitações?

Histórias assim impressionam. Afinal, vivemos tempos marcados pelos “prazeres da modernidade”. Dias atrás encontrei o seguinte destaque numa revista eletrônica sobre moda de roupa: “Glamour e hedonismo podem ser adquiridos a preços acessíveis”. Chamou-me atenção a palavra hedonismo. É uma filosofia da Grécia antiga que considera o prazer a finalidade da vida. Jesus usou esta palavra na parábola do Semeador, ao dizer que “as sementes que caíram no meio dos espinhos são as pessoas que ouvem a mensagem. Porém as preocupações, as riquezas e os prazeres (hedonón no grego) desta vida aumentam e sufocam essas pessoas. Por isso os frutos que elas produzem nunca amadurecem” (Lucas 8.14). Os frutos da fé nele, bem sabemos, são o amor ao próximo, um amor maravilhosamente exemplificado em outra parábola, a do bom samaritano (Lucas 10.25-37). 

E não é preciso ser milionário para obedecer o que Jesus diz no fim da história bíblica “vá e faça a mesma coisa”. A cada dia, cada hora, no nosso caminho surge alguém “assaltado” por problemas e necessidades. Para ajudá-lo, teremos que sair do conforto de nossa rotina, dos trilhos de nossa comodidade. Mas, como disse este casal bondoso, eles se consideravam felizardos apenas por estarem vivos, e tinham um ao outro. Algo parecido quando Paulo escreveu: “Pois para mim, viver é Cristo e morrer é lucro. Mas, se eu continuar vivendo, poderei ainda fazer algum trabalho útil” (Filipenses 1.21,22).  


Marcos Schmidt

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