terça-feira, 28 de setembro de 2010

Culto do dia 25 de setembro - pastor Arno Goerl

 
 
Hinos para o culto:
389
312
478
262

Leituras bíblicas do culto:
Salmo 146
Epístola: 1º Tm 6.6-19
Evangelho: Lc 16.19-31
 
Base para o sermão:
1º Tm 6.8
"Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes"

25 de setembro de 2010 - pastor Arno Goerl
parte 1
 
25 de setembro de 2010 - pastor Arno Goerl
parte 2
 

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Estudo Bíblico OS DEZ MANDAMENTOS - Conclusão

O que Deus diz de todos os mandamentos?

“Eu sou o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a 3ª e 4ª geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos (Êxodo 20.5-6).

            Temos nos dez mandamentos o resumo da doutrina divina para o que devemos ou não fazer, a fim de que toda a nossa vida agrade a Deus. Fora dos mandamentos nenhuma obra e conduta pode ser boa e agradável a Deus, mesmo que seja considerada grande e preciosa aos olhos do mundo.

            Muitas pessoas consideram sem brilho, insignificantes e comuns demais as obras dos dez mandamentos e, por isso, criam novas ordens espirituais, ritos e costumes especiais, que chamam a atenção das pessoas. Por exemplo, se nega qualquer favor para o simples fato de uma menina cuidar de uma criancinha e cumprir com fidelidade o que lhe é ordenado. Mas por outro lado, se dá bastante ênfase nas procissões, jejuns prolongados, alto-flagelações, etc, das quais Deus nem sequer ordenou.

            Embora nenhum ser humano possa chegar a cumprir, de maneira devida, um só que seja dos Dez Mandamentos, a nossa vida deve ser guiada pelos mesmos. Em Êxodo 20.5-6 Deus anuncia uma grave ameaça e uma amigável promessa a fim de nos advertir e estimular para que observemos Sua vontade com seriedade. Por um lado, Deus quer castigar com severidade a todos os que desprezam e transgridem os seus mandamentos. Por outro lado, Deus quer recompensar e beneficiar a todos os que observam e buscam viver de acordo com os mandamentos.

            O nosso coração, portanto, deve temer e amar a Deus. Temer no sentido de abster-se de tudo quanto é contra a vontade de Deus para não provocar a Sua ira. Amar no sentido de confiar somente Nele e, por amor a Ele, fazer o que é da Sua vontade.

            Esse princípio de temer e amar a Deus deve ser aplicado a todos os mandamentos, deixando o primeiro mandamento como o mais importante e a base para os demais. Por exemplo, iremos honrar os pais e as autoridades não por causa deles mesmos, mas por causa de Deus. Pois não é o caso de fazer ou deixar de fazer algo para agradar aos pais ou autoridades, mas sim a Deus.

            É proveitoso e necessário sempre ensinar a vontade de Deus aos jovens, a fim de não serem criados apenas com pancadas, como o gado, mas em temor e reverência a Deus. No Antigo Testamento Deus ordena escrever os mandamentos em todas as paredes e cantos para que as pessoas sempre os tivessem diante dos olhos, na mente e nas atitudes (Dt 6.8-9; 11.18-20).

            Nenhuma pessoa alcançará a salvação eterna pela obediência aos Dez Mandamentos, pois desde a queda no pecado (Adão e Eva) o ser humano é incapaz de guardar a Lei de Deus e o próprio cristão só a cumpre de modo imperfeito. O caminho que leva as pessoas à salvação é a fé em Jesus Cristo, única e exclusivamente.

            Então para que servem os Dez mandamentos? Para o cristão, os mandamentos têm um fim triplo:

Freio = mantêm a ordem exterior no mundo freiando o impulso natural da humanidade para o pecado.

Espelho = ensina o ser humano a reconhecer verdadeiramente os seus pecados.

Norma = mostra aos cristãos o caminho que devem seguir a partir da fé.

Para Refletir:
1 João 2.1 - Cristo é nosso advogado!

(OBS: Estudo baseado no Catecismo Maior de Martinho Lutero).

Os Dez Mandamentos - parte 8
Os Dez Mandamentos - partes 9 e 10

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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

23º Congresso Distrital de Servas do Distrito Videiras

    30 servas e mais alguns membros da CELP participaram do 23º Congresso Distrital de Servas do Distrito Videiras, no dia 16 de setembro de 2010, em Bom Jesus, RS.
    Pelo sistema de rodízio, a diretoria para 2010/2011, instalada neste congresso, é das comunidades Paz e Emanuel, de Caxias do Sul, que está assim constituída:

     Presidente:           Eliane Kruger
     Vice-presidente:    Marilu Souto
     Secretária:            Ema Léa Vieira
     Vice-secretária:     Ivoni Gressler
     Tesoureira:           Neiva E. Ruzzarin
     Vice-tesoureira:     Rejane M. Mazzuchini
     Conselho fiscal:     Maria Regina Wille
                               Vilma Erstling
     Pastor conselheiro: Arno Goerl 

Seguem fotos do congresso:

(fotos de Neiva Ruzzarin)

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Sugestões, reclamações, comentários



quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Perguntas a respeito do Kardecismo (espiritismo)

          Foram feitas perguntas, na seção Pergunte ao Pastor, sobre o Espiritismo. Oportunamente, nestes dias em que está sendo lançado um filme com essa temática, novelas, seriados e outros, postaremos a resposta. 
         Como mesmo disse o Pastor Alessandro Souto, é um tema que exige uma resposta mais detalhada, então transcreveremos aqui, em forma de tópico, a resposta a essas perguntas.
Fiquemos firmes em nossas convicções, e permaneçamos "naquilo que aprendemos"!
 
Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido


          Anônimo disse...

           O Brasil é o país com mais espíritas no mundo. Infelizmente, milhares de pessoas são e foram iludidas pelo tão "endeusado" Chico Xavier, o qual afirmava conversar com os espíritos das pessoas já falecidas. Na minha opinião, ele era um mensageiro do Diabo para testar nossa fé......sou muito criticada por isso, pois as pessoas o têem como um herói. Não vou mudar nunca minha opinião, mas gostaria de saber como a nossa Igreja se posiciona diante deste assunto e, em particular, de Chico Xavier.


          Anônimo disse...

          Também enfrento - aliás, como todos os cristãos verdadeiros - a pressão dos Kardecistas e suas crenças. Gostaria de saber, como o anônimo logo acima, como posicionar-se e responder a eles...


         


            Respondendo as questões sobre o Espiritismo!
            Estimados (as) amigos (as)
            Escrever sobre o espiritismo em poucas palavras é muito difícil, por isso vou fazer um verdadeiro tratado aqui (hehehe).
            Chico Xavier é uma espécie de Allan Kardec brasileiro. Tornou-se famoso e conhecido pelas suas psicografias (cartas supostamente ditadas por espíritos de pessoas falecidas). Chico Xavier perdeu a sua mãe com 5 anos de idade e foi a entregue a sua madrinha que era uma verdadeira carrasca. Sua madrinha o açoitava com vara de marmelo e lhe cravava garfos de cozinha no ventre. Isto com certeza lhe deixou muitos traumas e lhe causou muita perturbação psicológica. Aos 17 anos de idade, por orientação de um amigo, ingressou no estudo do espiritismo, principalmente das obras de Kardec. E partir daí começou a psicografar obras de supostos espíritos de escritores brasileiros e portugueses falecidos.

 
            Como vou expor logo adiante a comunicação com os mortos é impossível, por isso aquilo que Chico Xavier e outros publicaram como obras de espíritos não passam de farsas e invencionices.
            HISTÓRIA DO ESPIRITISMO: Em sua versão moderna, o espiritismo começou no século XIX. Houve uma grande divulgação da crença com um fato que aconteceu com certa família, na América do Norte, em Hydesville (Nova Iorque), em 1848. As irmãs Margarete e Kate Fox, de 14 e 11 anos de idade respectivamente, ouviram pancadas em diferentes partes da casa em que residiam.
            Kate entrou em contato com o “espírito” que deu-se a conhecer como sendo o de John Bell, ferreiro e antigo morador da casa.
            Em 1886, na Academia de Música de Nova Iorque, as irmãs confessaram que tudo não passava de uma farsa. Ali mostraram como produziam as famosas batidas que deveriam ter sido manifestações do espírito do desencarnado (Livro: “Entendendo o oculto” de Josh McDowell e Don Stewart, p 151).
            Partindo desse acontecimento com as irmãs FOX, que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação da época, propagou-se o espiritismo por toda a América do Norte e na Inglaterra. Na época, outros países da Europa também foram visitados, com sucesso, pelos espíritas norte-americanos.
            Ao chegar na França, a doutrina espírita moderna encontrou aquele que é considerado a figura máxima de sua divulgação no mundo contemporâneo: o médico chamado Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais conhecido como Allan Kardec.

            A comunicação com os mortos não existe: A Bíblia é extremamente clara e explícita em condenar qualquer tentativa de comunicação com os mortos. A passagem mais clara nesse sentido é Dt 18.9-14: “Quando entrares na terra que o Senhor, teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor, teu Deus, os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor, teu Deus. Porque estas nações que hás de possuir ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor, teu Deus, não permitiu tal coisa.”
            O espiritismo, no entanto, age como a maioria das seitas ao fazer uso da Bíblia: cita apenas aquilo que pode distorcer e interpretar a seu bel-prazer, e “passa a borracha” no que não lhe apraz. O texto acima é um exemplo típico disso, pois jamais é citado pelos autores e lideranças do espiritismo. Uma vez que crêem ser capazes de comunicar-se com os mortos, e tentarem efetivamente fazê-lo por meio de seus médiuns, copos e tábuas ouija, ignoram esse texto, pois isso os denunciaria claramente como não-cristãos, fazendo com que perdessem muito de seu crédito diante dos que são cristãos só de nome. Segundo diz claramente a passagem citada, as práticas da necromancia e da adivinhação são “abominação” para Deus. Este termo é muito forte, significando nada menos do que práticas que Deus odeia, tanto quanto odeia o próprio diabo.

 
            A Bíblia deixa muito claro que não há possibilidade de comunicação entre vivos e mortos. Os que já se foram da terra não são enviados de volta a ela nem mesmo em missão de graça, para advertir os pecadores(Lc 16.31). Os mortos nem mesmo sabem o que se passa no mundo, ignoram quem está nele(Is 63.16).
            No entanto, como se vê em muitas sessões espíritas, os presentes costumam receber respostas às perguntas que fazem. A pergunta é: de onde vêm tais respostas? Como elas são obtidas?
            A verdade é que muito do que se vê nessas ocasiões não passam de truques de prestidigitação, feitos por ilusionistas habilidosos. O famoso cientista Camille Flammarion, companheiro de Kardec nos primeiros tempos de divulgação do espiritismo no Ocidente, admitia que quase todos os “médiuns” que testava eram surpreendidos em fraudes ao tentarem mostrar a suposta habilidade de comunicar-se com os mortos. Além disso, a ciência atual já consegue provar que o poder da mente humana é muito maior do que normalmente se pensa.

            Existem pessoas excepcionalmente dotadas de habilidades mentais que conseguem provocar determinados fenômenos.
            E, naturalmente, também há a influência do pai da mentira, o demônio, Satanás, que encontra nessas mentes descuidadas e ingênuas um terreno fértil para espalhar falsas doutrinas e afastar mais e mais pessoas de Deus.
 

            Reencarnação ou Ressurreição? Ao contrário do espiritismo, declaradamente reencarnacionista, o cristianismo crê na doutrina da ressurreição. Muitos autores espíritas defendem a tese de que ressurreição e reencarnação são conceitos idênticos, diferenciados apenas pelo nome. Isso prova apenas uma tremenda má compreensão da doutrina bíblica, ou mesmo enorme má fé ao expor ambos os conceitos.
            Pela doutrina da reencarnação, conforme já foi mencionado, cada espírito necessita de sucessivas “encarnações” a fim de purgar seu “carma”, aperfeiçoando-se até atingir o estágio de “Alma Branca”, sem necessidade de novas encarnações. Assim, reencarnar significa que cada espírito passa por muitas vidas e mortes, sendo na terra ou em outros mundos, até atingir o objetivo final da perfeição. O espiritismo em geral não se refere à vida ou à morte com estes nomes, preferindo usar respectivamente “encarnar” e “desencarnar”.
            Isso contradiz totalmente a Bíblia. O autor da epístola aos Hebreus declara abertamente que “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, e depois disso o juízo”(Hb 9.27). Essa passagem tem sido interpretada pelos espíritas como uma afirmação de que a morte ocorre “uma vez em cada período de vida”, de modo que assim distorcem o sentido original do texto.
            No original grego, o termo usado para uma só vez é HÁPAX. O mesmo termo é repetido no versículo 28, onde se afirma que Cristo se ofereceu “uma só vez” para tirar os pecados de muitos. Jesus Cristo nunca repetiu seu sacrifício, ele foi suficiente para dar a salvação a todos, não havendo necessidade de nenhum complemento. Assim, HÁPAX, no grego, só pode ser traduzido como “uma única vez” em seu sentido literal, algo que não se repete. Se os espíritas buscam apoio neste versículo à doutrina reencarnacionista, estão procurando no lugar errado.

            Outra passagem que costuma ser citada pelos espíritas se encontra em Jo 3.3, quando Cristo diz a Nicodemos que ninguém pode ver o reino de Deus se não “nascer de novo”. “Nascer de novo”, no sentido literal, nada mais é do que a reencarnação. Porém, basta olhar o contexto da passagem para ver que entender essa expressão ao pé da letra é distorcer as palavras de Jesus.
            Já no versículo 5, Cristo dá a explicação do que significa este “nascer de novo”: é o nascer da água e do Espírito. É uma referência ao lavar regenerador e renovador do Espírito Santo de Tt 3.5, o batismo. O batismo é o sacramento que opera a fé no coração do homem pecador. Portanto, sem a regeneração da graça do Espírito de Deus, que opera a fé(e isto pode ser pelo batismo ou pela pregação da palavra), não há salvação.
            Tanto é que logo adiante é mencionado o versículo tido como o resumo de toda a Bíblia, Jo 3.16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Para os espíritas, o sacrifício de Cristo não tem valor salvífico. Assim nota-se claramente a estratégia dos espíritas: tomam um versículo de forma isolada, separado de seu contexto, e dão a ele a interpretação que lhes interessa.

 
            A ressurreição é um conceito completamente diferente do da reencarnação. E é exatamente esta a esperança da cristandade, ensinada claramente na Bíblia. Já no Antigo Testamento Jó afirma esta esperança ao dizer: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo de minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro em mim” (Jó 19.25-27). A primeira diferença entre ressurreição e reencarnação já fica explícita nesta passagem, pois os reencarnacionistas pregam que o espírito recebe um corpo diferente em cada encarnação. Nesta passagem, porém, Jó afirma que verá a Deus em sua própria carne, com sua pele e seus olhos. Na ressurreição, o espírito recebe novamente o seu corpo, que estará transformado, com qualidades perfeitas, mas será o mesmo corpo que viveu na terra[cf. 1 Co 15. 35-49, onde Paulo afirma que a ressurreição é tal como a germinação da semente, que é lançada à terra e se desfaz, para depois ressurgir em um corpo (a planta) que é a mesma matéria, mas cujas qualidades são bem diferentes].

            Outra diferença é que, enquanto a reencarnação é um processo reiterado, que se repete inúmeras vezes, a ressurreição só acontecerá uma vez, o que se dará no dia do juízo final, quando o mundo atual e a vida terrena deixará de existir (Jo 6.40). Além disso, enquanto a reencarnação (que visa a evolução) é algo pelo qual todos, segundo o espiritismo, devem passar, a ressurreição para a vida eterna descrita em 1 Co 15 é algo que apenas acontecerá para os cristãos. Aqueles que rejeitaram Cristo em vida também ressuscitarão, mas para o castigo eterno (2 Ts 1.9).

            Jesus Cristo é visto como a maior entidade já encarnada, e Kardec considera seu maior mandamento, o amor ao próximo, a virtude suprema.
            Exige-se que tanto os espíritos encarnados como os desencarnados respeitem este mandamento.
            Isso explica o interesse que demonstram por obras assistenciais como asilos, albergues, orfanatos, hospitais... Por isso, a máxima do seu ensino é: “Fora da caridade não há salvação”. Ou seja, Jesus Cristo fica de escanteio. Cristo, para o espiritismo, não é Salvador, não é aquele que deu a sua vida para nos dar perdão dos pecados e Vida Eterna.

            Ao invés de darmos ouvidos a alguém que supostamente vem do reino dos mortos, deveríamos ouvir a Palavra de Deus (Lc 16.29).
            Além disso, existem o diabo e seus anjos. Aliás, o diabo se transveste de anjo da luz (2 Co 11.14) e seus falsos profetas farão grandes sinais com o intuito de enganar os eleitos (2 Ts 2.9). Por acaso as manifestações de espíritos desencarnados não poderiam ser manifestações do próprio diabo e de seus anjos?


Pastor Alessandro Souto



Estudo Bíblico OS DEZ MANDAMENTOS parte 9 e 10

Nono e Décimo Mandamentos

 

“Não cobiçarás a casa do teu próximo”

“Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem os seus empregados, nem o seu gado, nem coisa alguma que lhe pertença”

Êxodo 20.17


       Estes dois últimos mandamentos se dirigem principalmente àqueles que desejam ser chamados de pessoas honestas e sinceras, já que observam os mandamentos anteriores. Os malfeitores aos olhos do mundo precisam cuidar primeiro dos outros mandamentos.

        Muitas pessoas pensam que são cumpridoras dos mandamentos quando exteriormente deixam de roubar ou cometer adultério, por exemplo, mas Deus quer mostrar com o nono e o décimo mandamentos que também se deve considerar pecado e coisa proibida cobiçar aquilo que pertence ao próximo, ou de qualquer forma, pretendê-los para si.

            A sociedade do Antigo Testamento se organizava de modo diferente da nossa sociedade atual. Naquela época os empregados não eram livres, como hoje para trabalhar por salário, mas eram propriedade do seu senhor, tal como o gado e outros bens. A mulher também era propriedade do marido que podia despedi-la por um termo de divórcio e tomar outra. Assim, se alguém desejasse a mulher de outro, poderia despedir a sua mulher e desviar do outro a mulher deste, a fim de apossar-se dela a pleno direito. Essa prática entre eles não era pecado nem vergonha.

            O nono e o décimo mandamentos nos ensinam que ninguém deve desejar tomar posse daquilo que pertence à outra pessoa, como por exemplo, mulher, empregados, casa, lar, campos, etc, ainda que seja com aparência de direito, e aos olhos do mundo se possa fazê-lo honrosamente, contudo, em prejuízo do próximo.        


            A cobiça é o desejo insaciável de possuir algo que pertence a uma outra pessoa. Não está errado ter o desejo de progredir, mas é pecado querer alguma coisa às custas de outra pessoa. Este mau desejo é pecado diante de Deus. Tenhamos cuidado com o desejo de querermos estar no mesmo nível do nosso próximo.

            A cobiça acontece com maior freqüência em ações judiciais na intenção de ganhar ou extorquir algo do próximo, como por exemplo, disputas por herança.

            A vontade de Deus é que nos sintamos satisfeitos com aquilo que temos, contentando-nos com aquilo que bondosamente Ele nos concede para a nossa sobrevivência material (1 Tm 6.10; Tg 1.15; Mt 16.26; Hb 13.5; 1 Co 10.24).

            Em resumo, Deus deseja duas coisas de nós com estes mandamentos: 1º que não desejemos adquirir nada que pertence ao próximo e nem lhe façamos mal algum. 2º que deixemos com ele o que possui e, além disso, promovamos e preservemos o que lhe possa ser de proveito, tal como gostaríamos que fizessem conosco.

            Exemplos de cobiça na Bíblia:

            A cobiça do Rei Acabe = 1 Rs 21.1-19
            A cobiça do Rei Davi = 2 Sm 11.2-17,26-27

            “A nossa natureza pecaminosa não concede ao outro tanto quanto a nós mesmos.
            Desse modo, o natural, segundo a carne, é cada um se apossar de quanto lhe é possível. O outro que fique onde puder”.

            “Muitas pessoas torcem e esticam o direito de acordo com os seus interesses, sem levar em consideração a justiça e a necessidade do próximo”.

            1 Tm. 6.10: Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça se desviaram da fé, e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.

(OBS: Estudo baseado no Catecismo Maior de Martinho Lutero).

 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pergunte ao Pastor

Anônimo disse...
A carne entregue a satanás e o espírito para ser salvo? Veja a passagem (1 Coríntios 5.3-5). “Eu, na verdade, ainda que ausente em pessoa, mas presente em espírito, já sentenciei, como se estivesse presente: que o autor de tal infâmia seja, em nome do Senhor Jesus, reunido vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus”. Com relação ao pecador impenitente, o que Paulo quis dizer com :"entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus"?

Alessandro Souto disse...
Respondendo a pergunta sobre 1 Coríntios 5.3-5. Estimado (a) amigo (a)! Neste texto de 1o Coríntios 5, Paulo estava tratando um caso de incesto (um filho estava possuindo a mulher do seu pai, portanto, a sua madrasta). Paulo está falando sobre a excomunhão de tal pessoa, ou seja afastá-la da Igreja. Os Coríntios tinham falhado com o seu dever. As pessoas que estavam presente lá em Corinto e que podiam fazer alguma coisa, nada fizeram. Paulo, mesmo estando ausente, longe de Corinto, descreve como eles deveriam proceder em relação ao irmão faltoso. Paulo pede que a Igreja reunida em Corinto ponha em prática a sentença de expulsão. "Seja entregue a Satanás" - A idéia é que fora da Igreja está o campo de ação de Satanás. Ser expulso do seio da Igreja de Cristo é ser lançado naquela região onde Satanás mantém o seu poder e ação. É uma expressão muito forte que denota a perda de todos os privilégios cristãos. "para destruição da carne" - Carne aqui refere-se as cobiças pecaminosas. Paulo tinha em mente o efeito que isto poderia causar no irmão faltoso por ser cortado de tudo o que a comunhão com a igreja oferece, com um objetivo purificador, ou seja, que o espírito (a alma) desta pessoa seja salva no dia do juízo ou da sua morte. A excomunhão sempre tem o objetivo de alertar a pessoa para que se arrependa do seu erro e volte a trilhar o caminho de Deus. Paulo, portanto, no final do versículo 5 está demonstrando esta preocupação com a alma daquela pessoa que poderia ser salva, caso ela reconhecesse o seu grave erro e se arrependesse. Que Deus te abençoe! Em Cristo! Abraço! Pr Alessandro Souto
Anônimo disse...
Sobre Resposta a pergunta sobre 1 Coríntios 5.3-5. Obrigado! Que Deus continue te abençoando! Abraço!  voltar 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Estudo Bíblico OS DEZ MANDAMENTOS parte 8

Oitavo Mandamento


“Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”
Êxodo 20.16



    Com este mandamento Deus quer proteger a honra e a boa reputação. Tudo isso pode ser destruído pela língua humana, que pode tornar-se uma arma extremamente perigosa. Assim como Deus não quer que se tire ou cause prejuízos nos bens do próximo, assim também ele não deseja que se tire ou diminua o bom nome e a reputação do próximo. Deus ordena que amemos um ao outro, falemos bem um do outro, e ponhamos a melhor interpretação em todas as coisas.

    O sentido mais direto deste mandamento se relaciona ao testemunho perante um tribunal, afim de que nenhum inocente seja acusado por falsas testemunhas e venha a ser castigado injustamente. Por outro lado, também se aplica para os juízes. Aliás, o mundo carece de tribunais que sejam presididos por pessoas íntegras, que decidam com justiça todas as causas e sejam cegos e surdos para ofertas de subornos ou ameaças.

    Portanto, em primeiro lugar, este mandamento exige que cada um ajude o próximo no sentido de lhe garantir o seu direito, não permitindo que lhe seja obstaculizado ou torcido.


Em segundo lugar, este mandamento proíbe todo pecado da língua pelo qual se possa causar dano ao próximo. Deus quer proibido todo ‘pecado da boca’: falsos pregadores com sua doutrina e blasfêmia, falsos juízes e testemunhas com a sentença, e outras falsidades em várias ocasiões com mentiras e maledicências.

    Há em nosso coração um vício detestável e vergonhoso, uma verdadeira praga danosa: gostamos mais de ouvir falar mal do próximo do que bem. Há muitas pessoas que quando têm conhecimento de uma coisinha a respeito do próximo, levam-na a todos os cantos, como se sentissem coceira pela sujeira alheia. A fim de evitarmos falar mal do próximo devemos lembrar que a ninguém cabe julgar e censurar publicamente o próximo. Mesmo que tenhamos conhecimento de algum pecado que o próximo praticou, precisamos saber a diferença entre julgar o pecado e ter conhecimento do pecado – não é incumbência nossa contá-lo a outros. Se passamos a julgar e sentenciar caímos em pecado maior que o do outro.

    Deus quer proteger as pessoas das acusações injustas e falsas. Este mandamento nos ensina a dizer sempre a verdade. Tudo o que é dito e pode causar danos a alguém está incluído neste mandamento, também a fofoca.

    Por isso Deus quer proibido que alguém fale mal do outro em qualquer ocasião: mesmo que seja culpado e todos o saibam – menos ainda quando apenas se tem conhecimento de ouvir dizer. Entretanto, isso não se aplica aos magistrados civis, pregadores e pais, pois em virtude do seu ofício necessitam que se fale do mal, se acuse, declare, interrogue e testemunhe a fim de que o mal não fique impune.

    Quantas vezes pecamos contra Deus e contra nosso semelhante neste ponto.

    Em todas as ocasiões, o procedimento correto deve ser o recomendado por Cristo em Mateus 18.15: “Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só”. Aqui temos preciosa e excelente doutrina de como governar bem a língua. Que seja esta a nossa conduta: não sair logo por ai a divulgar coisas a respeito do próximo e a difamá-lo, mas admoestá-lo em particular, para que se emende. Da mesma forma quando alguém leva aos nossos ouvidos o que o outro fez, também devemos ensinar da mesma forma, que vá e o repreenda pessoalmente, caso contrário, que fique quieto.

    Esse modo de proceder deve ser feito na intenção de “ganhar o irmão”, como diz Jesus. Nós jamais estaremos melhorando o próximo se espalharmos o assunto em todos os cantos. Tratar do assunto em particular é o passo correto para ganhar o irmão.

    Portanto, cabe-nos, em resumo, encobrir o que em nosso próximo é vergonhoso e falho; prevenir aquilo que lhe possa trazer desonra; interpretar da melhor maneira tudo o que se ouve a seu respeito; fazer uso da língua para falar o melhor a respeito de todos.

    É nosso dever falar bem das pessoas e interpretar tudo da melhor maneira.

    Provérbios 19.5: A falsa testemunha não fica impune, o que profere mentiras não escapa.

    “Honra e bom nome facilmente se tiram, mas não é fácil restituí-lo” - Lutero.

    (OBS: Estudo baseado no Catecismo Maior de Martinho Lutero).


continua...

 
 

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pergunte ao Pastor

É com grande alegria que repasso as perguntas e respostas feitas no blog, no "Pergunte ao pastor". Mais uma ferramenta de crescimento espiritual que Deus nos reservou. Use-a também!


Blog CELP.


Anônimo disse...
Qual é a função do sinal da cruz? Qual a fundamentação bíblica para seu uso?

Alessandro Souto disse...
Olá estimado (a) amigo (a)! A prática de fazer o sinal da cruz é um costume principalmente da Igreja Católica Romana, mas é também praticado pela Igreja Ortodoxa Oriental e Episcopal. A história do sinal da cruz remonta a Tertuliano, um dos pais da igreja primitiva que viveu entre 160 e 220 d.C. Originalmente, uma pequena cruz era “desenhada” com o polegar ou dedo na própria testa. Apesar da dificuldade em se determinar exatamente quando foi feita a transição entre desenhar uma pequena cruz na testa à prática moderna de desenhar uma grande cruz desde a testa até o tórax e ombro a ombro, sabemos que esta troca ocorreu por volta do século XI d.C., quando o Livro de Orações do Rei Henry dá instrução para “marcar com a santa cruz os quatro lados do corpo”. Portanto, fazer o sinal da cruz não é nem certo nem errado e pode ser usado apenas para lembrar da cruz de Cristo ou da Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Infelizmente, este não é sempre o caso, e muitas pessoas simplesmente fazem os movimentos do ritual e fazem o sinal da cruz sem saber por que o fazem. Muitas pessoas ao passar em frente a uma igreja fazem o sinal da cruz por mero costume ou para se benzer. O sinal da cruz não é de forma alguma, exigido dos cristãos, pois não é instituído pela Palavra de Deus. Por isso, está no campo da liberdade cristã. Grande abraço! Que Deus te abençoe! Pr. Alessandro Souto

Anônimo disse...
Qual é a função do sinal da cruz? Obrigado pelo esclarescimento! Ou seja, não tem serventia. No caso da Trindade, nem da certo, a trindade tem 03 Pessoas(Pai, Filho, Espírito Santo), a cruz tem 04 extremos, é preciso dar um jeitinho!!!!!!??? Grato

Anônimo disse...
Senhores Parabéns pelo blog! Tomo a liberdade de dar uma sugestão: Ver a possibilidade de organizar o, (Pergunte ao pastor), por data decrescente e por pergunta. Obrigado!

Anônimo disse...
Qual o nome que Jesus Cristo deu para a Igreja?

Anônimo disse...
"Quem crer e for batizado será salvo, quem porém não crer será condenado". Como uma criança com 3 dias de vida pode ter fé em Deus para sua salvaçao? Suponhamos que essa criança venha a falecer no dia seguinte ao seu batismo...resta o consolo de que ela foi batizada...mas Jesus Cristo disse: CRER E FOR BATIZADA; ou seja, primeiro crer e consequentemente for batizada, testemunhando assim a sua fé perante o mundo, seus principados e potestades...e não o contrario...correto? Qual a visão da igreja de Lutero a respeito do assunto batismo? Obrigado.

Anônimo disse...
Bom dia! Estamos sedentos de respostas, não há a possibilidade de respondê-las mais rapidamente? Muito obrigado!

Anônimo disse...
Concordo com a pergunta acima e lança a minha: como podemos falar e explicar, provando á luz da Palavra, o batismo de crianças? Em que se baseiam os que não batizam crianças, mas as apresentam no templo, e após ela mesmo "decide-se" por Cristo? Sabemos que nascemos na iniquidade, e que por isso, devemos ser batizados, para que a ligação rompida através do pecado natural seja restabelecida com Deus, mas onde buscamos embasamento para poder refutar e provar que esta é a suprema vontade de Deus para com as crianças? Por favor, preciso de subsídios para este assunto. Gostaria, inclusive, de obter dica de literatura a respeito. Obrigado pelo belo trabalho.

Alessandro Souto disse...
Respondendo a pergunta: Qual o nome que Jesus Cristo deu para a Igreja? Estimado (a) amigo (a)! Cristo não deu um nome específico para a Igreja. O que Cristo disse foi: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações". Discípulos são seguidores, pessoas que crêem em Cristo e seguem o seu ensino. Tanto que o termo "cristão" é usado pela primeira vez só em Atos 11.26 quando os discípulos estavam em Antioquia e lá foram chamados pela primeira vez de cristãos. O nome sempre surge como uma necessidade de identificação. Por isso, talvez, o nome que mais identifique os seguidores de Cristo é: "Igreja Cristã", pois a igreja é de Cristo. Que Deus te abençoe! Abraço!!!

Alessandro Souto disse...
Respondendo as perguntas sobre o batismo! Estimados (as) amigos (as). Começando pela questão do texto de Marcos 16.16: "Quem crer e for batizado, será salvo, quem porém, não crer será condenado". Jesus neste texto não está estabelecendo uma ordem de acontecimentos, ou seja, crer e depois ser batizado. Jesus está falando sobre a necessidade de evangelizar: pregar o Evangelho e fazer discípulos. Estas são as duas formas de fazer alguém discípulo de Cristo: através da pregação do Evangelho ou através do Batismo. Tanto que em Mateus 28.19 Jesus afirmou: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo". Jesus está dizendo que o batismo faz uma pessoa se tornar um discípulo, um seguidor, um cristão. Portanto, a ordem de Jesus em Mt 28.19 inclui todas as pessoas: homens, mulheres e crianças. Os adultos que crêem em Jesus são primeiro instruídos e depois batizados. Para estes o batismo não significa conversão - pois já foram convertidos pela Palavra -; neste caso o batismo lhes confirma a graça de Deus e fortalece a sua fé. As crianças, diferentemente, são transformadas em discípulos de Cristo por meio do batismo. Depois, à medida que vão crescendo, são instruídas na Palavra de Deus. Existem quatro motivos fortes para que as crianças sejam batizadas: 1) elas estão incluídas na ordem de Jesus: "todas as nações" (Mt 28.19); Se Jesus fosse contra o Batismo de crianças, Ele teria dito: "fazei discípulos de todas as nações, menos as crianças". Porém, Jesus não disse isto. 2) Cristo promete às crianças o Reino de Deus (Lc 18.15-17) e, para entrarem no Reino de Deus, é necessário que nasçam da água e do Espírito (João 3.5,6) Como as crianças ainda não podem confessar os seus pecados e entender o perdão de Deus pela Palavra e pela Santa Ceia, o batismo se torna o único meio de perdão para elas; 3) as crianças nascem em pecado e, portanto, necessitam deste maravilhoso meio pelo qual Deus coloca a fé em nossos corações e perdoa os pecados. (Salmo 51.5). 4) Como igreja, amamos os pequeninos e queremos o quanto antes que eles sejam incluídos na família de Deus. Muitos afirmam que não há na Bíblia uma ordem para batizar crianças. Mas, também não há nenhum texto que diga: "Ide, batizai adultos". O livro de Atos traz relatos de famílias inteiras que foram batizadas. Por exemplo, a família de Lídia, em Atos 16.14,15 e a família do carcereiro, em Atos 16.33. Com certeza, havia crianças nestas famílias e o batismo não lhes foi negado. O apóstolo Paulo compara o batismo com a circuncisão que era realizada no Antigo Testamento (Colossenses 2.11-13). A circuncisão era realizada 8 dias após o nascimento dos meninos.

Alessandro Souto disse...
Muitos argumentam que Jesus foi batizado adulto. Porém, quando Jesus era criança não havia batismo, mas ele foi circuncidado aos 8 dias quando Maria e José o levaram ao templo. Caso não quisesse o Batismo infantil, Jesus o teria proibido, ou, pelo menos, haveria, na Bíblia, alguma referência à idade mínima. A igreja não pode ser mais detalhista do que Deus, proibindo o que Deus não proibiu, ou limitando o que Deus não limitou. Existem algumas pessoas que afirmam que um adulto pode ter fé, mas uma criança não. Isso contraria a Bíblia, que ensina que, se a fé é algo que uma pessoa faz, ou “realiza”, então a fé não é um dom, mas um resultado de obras. (Ler Romanos 11.6). O Espírito Santo deseja criar a fé em todos. Ele é poderoso e pode vir até mesmo a uma criança no ventre da mãe (Ler Jeremias 1.5; Lucas 1.15), e pode conceder fé a bebês e crianças (Salmo 22.9-10; Mateus 21.15-16). A fé de uma criança não é uma fé reflexiva, isto é, uma fé que já pode raciocinar. Aliás, em nenhum lugar na Bíblia é dito que a fé tem que ser racional. A fé é um dom (presente) de Deus e não algo nosso. Não sou eu que me decido por Cristo, mas Deus age em mim através do Espírito Santo e assim, passo a crer Nele. O grande consolo para os pais é que o Batismo cria a fé. Se o seu filho morrer no dia seguinte ao Batismo, terão o consolo de que o seu filho foi batizado, recebeu a fé e por isso está salvo. Alguns grupos religiosos tentam preencher a lacuna que elas de fato sentem na falta do batismo infantil, com uma cerimônia na qual as crianças são apresentadas na igreja. Tal cerimônia, com certeza, é linda e confortadora, no entanto, não temos na Bíblia um mandamento divino para tal cerimônia. Já para o batismo de todos temos uma clara ordem. Muito obrigado pelas perguntas! Desculpe a demora na resposta! Continuem participando e acessando o nosso blog. Deus abençoe a todos! Em Cristo! Pr. Alessandro Souto

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Estudo Bíblico OS DEZ MANDAMENTOS parte 7

 Sétimo Mandamento

“Não Furtarás” - Êxodo 20.15


    Deus sabe que os bens materiais são importantes para a nossa vida, por isso quer protegê-los com este mandamento.

    Possuir bens é um direito dado por Deus. Para algumas pessoas Deus dá mais, a outros, menos. Entretanto, o homem não é proprietário; Deus é o dono. O ser humano é o mordomo ou administrador de todos os bens de Deus, que lhe foram emprestados.


    Mas o que Deus quer dizer com “não furtar”? Em primeiro lugar Deus quer proibir qualquer forma de apropriação injusta de bens alheios. Isso envolve todo tipo de vantagem que alguém busque em qualquer negócio, no qual há desvantagem para outra pessoa. Deus não proíbe apenas o roubo explícito (“limpar cofres e bolsos”), mas também aquele roubo implícito (camuflado, disfarçado). Por exemplo: Imaginemos que um empregado é fiel em seus deveres, mas leva às escondidas de seu patrão o valor de R$ 100,00. Imaginemos agora outra situação: um empregado, por preguiça ou malícia, é infiel nos seus deveres e causa prejuízos, ou permite prejuízos quando poderia evitá-los. Procedendo assim, imaginemos que em um mês este empregado cause prejuízos no valor de R$ 100,00. Normalmente, no primeiro caso o empregado será tido como “ladrão”, mas no segundo caso não. No entanto, nos dois casos houve furto: no primeiro, explícito, no segundo, implícito. Mesmo que no segundo caso o empregado não se apropriou de nada, houve “furto” porque ele agiu de má fé, com a intenção de causar dano aos bens do patrão. Ao causar danos aos bens do patrão ele lhe tirou os bens (ex: Robin Hood - roubar para dar aos pobres).

    No comércio nós podemos observar todo tipo de exploração, engano e hábeis estratagemas onde um quer levar vantagem sobre o outro. Um defrauda publicamente o outro com mercadoria, medida, peso e moeda falsos. Estes se portam como cidadãos honrados e íntegros perante a sociedade, mas furtam com aparência de direito. Estes são os piores ladrões, porque não temos como nos proteger. Contra os outros ladrões podemos utilizar cadeados, alarmes e correntes, mas o que utilizar contra estes?

  

    Estes são os “miúdos gatunos”. Há também os “maiúsculos” e poderosos que não saqueiam uma ou duas cidades, mas o país inteiro. Geralmente os gatunos miúdos sofrem o castigo, enquanto os maiúsculos ficam impunes. No entanto, diante de Deus a situação será diferente: Ele os há de castigar como merecem.

    Na verdade nenhum bem furtado ou adquirido de modo desonesto prospera. Ainda que ajuntem muito, Deus permite que passem por tantas misérias e infortúnios, que não o podem desfrutá-lo com alegria e nem herdá-lo aos filhos. “se furtares muito, podes estar certo de que outro tanto se furtará de ti; a quem rapina e enriquece com violência e injustiça, tem de agüentar que outro o trate de maneira idêntica”.

    Deus não somente nos proíbe tirar ou causar qualquer tipo de dano aos bens do próximo, mas também nos exige que protejamos e melhoramos os seus bens para que lhe seja proveitoso, especialmente quando recebemos pagamento por isso. Deus também deseja que, caso o nosso próximo esteja carente, que nós lhe ajudemos, compartilhemos e emprestemos. Certamente, se procedermos assim, Deus nos recompensará a seu modo e a seu tempo. Ver Pv 19.17; 28.27.

    Cabe a nós, cristãos, instruir e repreender com a palavra de Deus, principalmente a juventude, para que observe este mandamento e viva de acordo com a vontade de Deus. Aquele que preferir não dar atenção a este ensino, que siga o seu caminho até aprender isto pela experiência, pois a ira e o castigo de Deus há de sobrevir a este.

    Através deste mandamento, Deus nos ensina a respeitar aquilo que pertence ao nosso próximo. Ele não apenas proíbe o roubo, mas toda e qualquer atitude desonesta que possa prejudicar alguém. Além disso, é nosso dever como cristãos, dentro de nossas possibilidades, ajudar aqueles que têm dificuldades (Mt 15.19; Ef 4.28; Rm 8.32; 1 Tm 6.6-8).


Para refletirmos:
- “Os piedosos de qualquer maneira sempre terão o suficiente para viver”.
- “Aquele que furta prejudica mais a si mesmo que aos outros”.


(OBS: Estudo baseado no Catecismo Maior de Martinho Lutero).


 continua...



Os Dez Mandamentos - parte 1 
Os Dez Mandamentos - parte 2  
Os Dez Mandamentos - parte 3 
Os Dez Mandamentos - parte 4



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Culto do dia 05 de Setembro 2010 - Pastor Arno Goerl



Leituras do dia:

Salmo 67
Leitura da Epístola: 1º Timóteo 2.1-7
Leitura do Evangelho: Lucas 20.19-26

Hinos para o culto:
403
157
513
363
513/5

Sermão do dia 05 de setembro de 2010
Pastor Arno Goerl
parte 1


parte 2



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