quinta-feira, 10 de março de 2011

CASAMENTO - COMO REAVIVÁ-LO? parte 1

Ler 1 João 4.19: Este é o princípio básico do verdadeiro amor. Só é possível amar alguém de verdade se você amar a Deus em primeiro lugar, aprender Dele o amor. Um amor entre o casal só é verdadeiro quando está baseado na fé, na confiança em Deus através de Jesus Cristo. Todas as pessoas que dizem que amam sem Cristo, sem Deus, não amam de verdade, mas amam de forma aparente.

Um cristão leva uma enorme vantagem sobre um não cristão. O não cristão não possui o amor de Deus, operando e agindo em sua vida. É justamente esse amor que faz com que os casais possam se amar num grau mais profundo.

O curso normal da vida indica que, com o passar do tempo, as coisas tendem a se desgastar. Isso tem refletido na vida conjugal, pois as pessoas têm vivido cada vez menos felizes e raramente estamos recebendo convites de bodas de prata, de ouro e diamante. Os processos de separação e divórcio aumentam a cada dia e as formas alternativas de “casamento” são cada vez mais freqüentes, agora apoiadas até pelas leis civis. Hoje em dia há até o “casamento” onde cada um mora na sua casa, e, infelizmente, tem crescido o número de simpatizantes deste tipo de “matrimônio”.

O casamento que agrada a Deus é aquele que conta com a sua felicidade, com a sua presença (de Deus). Enquanto a maioria dos matrimônios começa bem e piora a cada dia, a ponto de um jurista afirmar que “quando casam é meu bem para lá, meu bem para cá. E quando se separam é: meus bens para cá”; do ponto de vista de Deus o casamento começa bem e a cada dia vai melhorando. O tempo não funciona como destruidor, mas como vitalizante de uma relação. Alguém já disse que o casamento tem que ser como um bom vinho, quanto mais antigo, ou seja quanto mais tempo juntos, melhor.

Há não muitos anos atrás, quase todas as cidades dos EUA tinham uma Loja chamada Woolworth (uma espécie de Casas Pernambucanas de lá). Quando a primeira destas lojas foi aberta, a competição naquela cidade era grande. Um antigo comerciante da cidade tinha uma loja que monopolizava todos os negócios. Ao ouvir falar do jovem empreendedor da loja Woolworth, este comerciante ficou nervoso e colocou um grande anúncio no jornal local:
Faça suas compras aqui. Estamos no ramo há 50 anos”.
Mas este anúncio não fez frente a jovem loja. Uma semana depois o jovem comerciante anunciava no mesmo jornal:
Estamos negociando apenas há uma semana. Tudo aqui é novidade!
E a Woolworth conquistou o mercado. Daquela ocasião em diante, esta loja começou a crescer, abrindo uma loja após a outra, cidade após cidade.
Bom, o que isto tem a ver com o nosso assunto? Às vezes as coisas envelhecem um pouco!  Mercadorias... comidas... amor...!

Alguém disse certa vez: O pior inimigo do matrimônio é a mesmice, a rotina, o comodismo... até mesmo o amor sexual pode perder suas fantasias e congelar num ritual convencional. Rotina, mesmice, não é apenas um inimigo do amor matrimonial, mas também do amor entre o homem e o próprio Deus.

Jesus chama a atenção da Igreja de Laodicéia, porque se tornou preguiçosa, enfadonha (tédio), rotineira em seu amor a Deus. (Ler Ap 3.15-16) “Eu sei o que vocês têm feito. Sei que não são nem frios nem quentes. Como gostaria que fossem uma coisa ou outra! Mas, porque são apenas mornos, nem frios nem quentes, vou logo vomitá-los da minha boca.

Não é possível entender estas palavras de uma forma qualquer. Elas dizem exatamente o que dizem. Os cristãos de Laodicéia simplesmente estavam zanzando no seu amor a Deus. Não que eles não o amassem mais, mas eles simplesmente deixaram de agir apaixonadamente. Eles estavam neutros, parados, ao invés de avançar. Eles tinham perdido a “vivacidade, o ardor, a paixão”. Eles não estavam nem quentes, nem frios. Eram “mornos”. E o ser morno leva à ruína, a destruição. Este era o medo que o noivo, Jesus Cristo, tinha para com sua noiva, a Igreja de Laodicéia.

E aqui vem a aplicação para o casamento. Não podemos deixar com que o nosso casamento se torna algo morno, enjoativo, rotineiro. Precisamos constantemente reavivar a paixão inicial, ou alguém diria, é preciso reavivar o fogo da paixão.

Este mesmo inimigo que Jesus apontou na igreja de Laodicéia no que diz respeito a prática da fé: a mesmice - ronda muitos casamentos. Ele é o pior inimigo, porque é muito sutil, muito moderado. Ele não apresenta qualquer sinal de alerta, assim como o vírus da AIDS, que fica encubado por até 7 anos. Está quietinho. E lenta, mas seguramente, devora sua vítima.

O enredo, a cena é simples. Nós casais começamos a nos “enjoar”, “separar” como um lento processo. Os desentendimentos, o esfriamento da relação, a separação não vem da noite para o dia. É um processo diário. Pequenas coisas vão se juntando, se acumulando e atrapalhando a vida do casal.

Trocamos a vida conjugal pela carreira, por cursos, pelos filhos, por passatempos, casa, por meios de ganhar dinheiro... Estes assuntos, importantes, também, sem dúvida, começam a tomar nosso tempo e a nossa disposição. Então nós nos apresentamos como muito ocupados um para o outro. Embora tudo pareça estar muito bem, estamos nos enganando. Não há nenhuma luta, nenhuma dor real, emocional ou de qualquer tipo. Tudo deve estar aparentemente bom. Afinal de contas, na parede da sala, da cozinha ou do banheiro o quadro diz: Lar, doce lar!.

Nós estamos acostumados às coisas rotineiras... até que um dia confessamos: “não estamos contentes, somos estranhos”. E, então, a primeira pessoa que culpamos é a outra pessoa que está ao nosso lado. Às vezes nós até encontramos alguém que nos ajude a afirmar o nosso ponto de vista da situação, os desvios, as más influências no trabalho, no futebol, no curso, na vizinhança.

Milhões de casais são infelizes porque um dos cônjuges desenvolveu um padrão de comportamento negativo e culpa o parceiro por coisas que fez e deixou de fazer. Esse também é um dos maiores erros que alguém pode cometer no casamento.

Por que alguns casais são felizes? Dinheiro, saúde, beleza, inteligência e poder têm pouca relação com a felicidade dos casais. O nível de contentamento de um casal é determinado pela habilidade de um ajustar-se ao que está além de seu controle. Todo o casal feliz aprende a encontrar o comportamento correto, apesar das condições em que se encontram.

Todo o casal na terra deve aprender a desenvolver essa capacidade se quiser ter um casamento feliz. A vida é cheia de reviravoltas inesperadas e problemas imprevistos... Se não puder dominar as circunstâncias, nunca conseguirá cultivar a felicidade. Você pode ser mais famoso, belo, inteligente, saudável e rico do que outras pessoas, mas se não souber cultivar o contentamento em cada situação, certamente será infeliz. E aqui nos lembramos daquele texto de Fp. 4.11 que diz: “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação”...

continua...
Pastor Alessandro Souto


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