quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Estudo Bíblico OS DEZ MANDAMENTOS parte 8

Oitavo Mandamento


“Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”
Êxodo 20.16



    Com este mandamento Deus quer proteger a honra e a boa reputação. Tudo isso pode ser destruído pela língua humana, que pode tornar-se uma arma extremamente perigosa. Assim como Deus não quer que se tire ou cause prejuízos nos bens do próximo, assim também ele não deseja que se tire ou diminua o bom nome e a reputação do próximo. Deus ordena que amemos um ao outro, falemos bem um do outro, e ponhamos a melhor interpretação em todas as coisas.

    O sentido mais direto deste mandamento se relaciona ao testemunho perante um tribunal, afim de que nenhum inocente seja acusado por falsas testemunhas e venha a ser castigado injustamente. Por outro lado, também se aplica para os juízes. Aliás, o mundo carece de tribunais que sejam presididos por pessoas íntegras, que decidam com justiça todas as causas e sejam cegos e surdos para ofertas de subornos ou ameaças.

    Portanto, em primeiro lugar, este mandamento exige que cada um ajude o próximo no sentido de lhe garantir o seu direito, não permitindo que lhe seja obstaculizado ou torcido.


Em segundo lugar, este mandamento proíbe todo pecado da língua pelo qual se possa causar dano ao próximo. Deus quer proibido todo ‘pecado da boca’: falsos pregadores com sua doutrina e blasfêmia, falsos juízes e testemunhas com a sentença, e outras falsidades em várias ocasiões com mentiras e maledicências.

    Há em nosso coração um vício detestável e vergonhoso, uma verdadeira praga danosa: gostamos mais de ouvir falar mal do próximo do que bem. Há muitas pessoas que quando têm conhecimento de uma coisinha a respeito do próximo, levam-na a todos os cantos, como se sentissem coceira pela sujeira alheia. A fim de evitarmos falar mal do próximo devemos lembrar que a ninguém cabe julgar e censurar publicamente o próximo. Mesmo que tenhamos conhecimento de algum pecado que o próximo praticou, precisamos saber a diferença entre julgar o pecado e ter conhecimento do pecado – não é incumbência nossa contá-lo a outros. Se passamos a julgar e sentenciar caímos em pecado maior que o do outro.

    Deus quer proteger as pessoas das acusações injustas e falsas. Este mandamento nos ensina a dizer sempre a verdade. Tudo o que é dito e pode causar danos a alguém está incluído neste mandamento, também a fofoca.

    Por isso Deus quer proibido que alguém fale mal do outro em qualquer ocasião: mesmo que seja culpado e todos o saibam – menos ainda quando apenas se tem conhecimento de ouvir dizer. Entretanto, isso não se aplica aos magistrados civis, pregadores e pais, pois em virtude do seu ofício necessitam que se fale do mal, se acuse, declare, interrogue e testemunhe a fim de que o mal não fique impune.

    Quantas vezes pecamos contra Deus e contra nosso semelhante neste ponto.

    Em todas as ocasiões, o procedimento correto deve ser o recomendado por Cristo em Mateus 18.15: “Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só”. Aqui temos preciosa e excelente doutrina de como governar bem a língua. Que seja esta a nossa conduta: não sair logo por ai a divulgar coisas a respeito do próximo e a difamá-lo, mas admoestá-lo em particular, para que se emende. Da mesma forma quando alguém leva aos nossos ouvidos o que o outro fez, também devemos ensinar da mesma forma, que vá e o repreenda pessoalmente, caso contrário, que fique quieto.

    Esse modo de proceder deve ser feito na intenção de “ganhar o irmão”, como diz Jesus. Nós jamais estaremos melhorando o próximo se espalharmos o assunto em todos os cantos. Tratar do assunto em particular é o passo correto para ganhar o irmão.

    Portanto, cabe-nos, em resumo, encobrir o que em nosso próximo é vergonhoso e falho; prevenir aquilo que lhe possa trazer desonra; interpretar da melhor maneira tudo o que se ouve a seu respeito; fazer uso da língua para falar o melhor a respeito de todos.

    É nosso dever falar bem das pessoas e interpretar tudo da melhor maneira.

    Provérbios 19.5: A falsa testemunha não fica impune, o que profere mentiras não escapa.

    “Honra e bom nome facilmente se tiram, mas não é fácil restituí-lo” - Lutero.

    (OBS: Estudo baseado no Catecismo Maior de Martinho Lutero).


continua...

 
 

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