segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Culto 28 novembro 2010- Pastor Arno Goerl

(melhor visualizado no browser FireFox)



Leituras do dia:
Salmo 118.22-29
Isaías 40.1-8
Mateus 21.1-11

Hinos do culto:
14
269
11
550


Sermão do culto do dia 28 de novembro 
pastor Arno Goerl
parte 1



Sermão do culto do dia 28 de novembro 
pastor Arno Goerl
parte2





quarta-feira, 24 de novembro de 2010

EXATAMENTE O QUE SEMPRE TIVE!


      O cidadão possuía uma pequena propriedade e resolveu vendê-la. Pediu ao agente imobiliário que preparasse um anúncio com descrição bem criativa do imóvel. Ao terminar a tarefa, o agente leu em voz alta o que havia escrito. Depois de ouvir atentamente a leitura, o proprietário  pediu: “Leia o anúncio mais uma vez, por favor!”

      Ouvida a segunda leitura do anúncio, o proprietário exclamou: “Não vendo mais o meu imóvel! Andei procurando uma propriedade exatamente assim por toda a minha vida. Não me dei conta que já era dono dela!” 

      Não ocorre o mesmo, muitas vezes, conosco?  Vivemos loucos por possuir coisas que não temos. Conseguimos ficar tão cegos pelo que  outros possuem e pelo que os meios de comunicação insistem  que precisamos ter, que quase esquecemos as coisas muito mais valiosas que já são nossas: A família fabulosa, a saúde em dia e os amigos que nos querem muito.

      E, acima de tudo, temos um Deus que nos ama como ninguém!

      Se contarmos todas as bênçãos já recebidas e valorizarmos devidamente tudo o que já possuímos, chegaremos à conclusão que estamos sempre buscando exatamente o que já temos.

De: “By The Way”
Autor: Rev Dr Paul Devantier
Trad/Adapt: Rev. Dr.Johannes H. Gedrat
(o pastor Gedrat é colaborador permanente do blog CELP)

Almoço das(os) profes da Escola Dominical

No domingo, dia 21, as(os) profes da Escola Dominical e famílias fizeram um almoço de confraternização no salão da comunidade. Seguem fotos do almoço.






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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Culto 21 de novembro - Pastor Arno Goerl


Leituras do dia:

Salmo 46
Colossenses 1.13-20
Lucas 21.25-28

Hinos:

183
543
538
383



Sermão do culto do dia 21 de novembro de 2010
pastor Arno Goerl
parte 1




Sermão do culto do dia 21 de novembro de 2010
pastor Arno Goerl
parte 2



Sem medo do amanhã

Alguém disse certa vez: “O brasileiro não tem medo do fim do mundo. Tem medo é do amanhã.” Este medo leva muitos ao desespero, pois não esperam nada após o fim do mundo. E você, tem medo do fim do mundo? Não tema o fim do mundo ou o amanhã. Busque o Senhor Deus em sua Palavra, a Bíblia. Deposite a sua esperança em Cristo. Ele está sempre perto, querendo ser encontrado, pronto a perdoar todos os nossos erros e a fortalecer a nossa fé.

Oremos: Senhor, dá-nos sempre a tua Palavra, que fortalece a nossa fé em Jesus Cristo. Esperamos em tua graciosa promessa de vida eterna. Amém.
“Foi Cristo quem nos deu, por meio da nossa fé, esta vida na graça de Deus. E agora continuamos firmes nessa graça e nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus.” (Romanos 5.2)
 

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ESTUDO SOBRE “ARREBATAMENTO” E JUÍZO FINAL


          Os defensores do ensino do “arrebatamento”, conhecidos como “milenistas”, baseiam esta doutrina no texto de 1ª Tessalonicenses 4.16,17: Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim estaremos para sempre com o Senhor”.
 
         Os assim chamados milenistas, que defendem o “arrebatamento”, entendem este texto como sendo a vinda de Jesus para a Igreja, arrebatando a Igreja, antes da grande tribulação e da vinda para o Juízo. Afirmam que a Igreja será arrebatada, ou seja, tirada da terra para ser levada ao céu. Trata-se, portanto, de um momento no qual Jesus resgataria os salvos para o reino dos céus, deixando na Terra os demais seres humanos que não o aceitaram como salvador. Uma interpretação assim é problemática, tendo em vista que em todos os textos bíblicos em que se relata a volta de Jesus há uma identificação imediata daquele acontecimento com o julgamento de todas as pessoas, vivos e mortos, os que creram e o que não creram. Não há dois julgamentos separados na Bíblia.

         Para os milenistas, o texto de 1º Tessalonicences 4.16 seria uma espécie de “primeira ressurreição”. As outras pessoas, as que não estavam em Jesus, que não pertenciam a Ele pela fé salvadora e, assim, não tinham um relacionamento pessoal com Ele, serão ressuscitadas mil anos mais tarde e então irão para o inferno (Ap. 20.11-15). Na primeira ressurreição/arrebatamento Jesus deixará o Seu trono e, vindo do céu, aparecerá nos ares. Para os defensores deste ensino, Jesus não virá de maneira visível sobre a terra, mas permanecerá na atmosfera superior. As almas dos que dormiram nEle O acompanharão, como provavelmente também o arcanjo Miguel. Então serão ressuscitados primeiro os corpos dos que morreram em Cristo. Logo a seguir, os corpos dos que ainda estiverem vivos serão transformados. Então a Igreja será arrebatada coletivamente ao encontro do Senhor nos ares, entre nuvens.

         O arrebatamento, na verdade, está ligado a transformação daquelas pessoas cristãs que estiverem vivas no dia do juízo final. Para um entendimento melhor do texto de 1º Tessalonicenses 4 precisamos olhar para outro texto, que é 1º Coríntios 15.51-54 que diz: “Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos (morreremos), mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória”.

         Podemos perceber nos dois textos a menção ao toque da trombeta de Deus que acontecerá exatamente no dia do juízo final. Percebe-se claramente que os dois textos estão falando de um mesmo evento (Juízo Final) e não de dois eventos distintos. Após a transformação dos vivos, aí sim, estes serão levados (arrebatados) para o céu junto com os demais que ressuscitaram já transformados, ou seja, com o seu corpo perfeito e glorioso. O nosso corpo do jeito que está não pode habitar no céu. No céu há só perfeição e alegria plena. Por isso, os corpos dos cristãos vivos serão transformados no dia do juízo final para serem levados ao céu.

         Fica muito difícil sustentar um tempo extra entre uma vinda de Cristo para a Igreja somente e o Juízo Final. O contexto de 1º Tessalonicenses 4 aponta para outra direção. No início do cap. 5 (v. 2) Paulo fala do “dia do Senhor”, que vem “como ladrão de noite”. A mesma expressão é usada por Jesus no seu discurso escatológico (Mt. 24.42-44), num contexto onde claramente se fala do fim dos tempos, quando “todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens”(v. 30).  No mesmo contexto, no capítulo 25 de Mateus, Jesus fala da vinda do Filho do homem (deixando claro que está falando do mesmo acontecimento relatado no cap. 24), quando acontecerá que “todas as nações serão reunidas em sua presença e ele separará uns dos outros...“ (Mt. 25.31,32).

         Os “milenistas” afirmam ainda que este arrebatamento da Igreja, só será percebido, porque milhões de pessoas desaparecerão da face da terra (os salvos). Cristo não será visível nesse momento para os que aqui ficarem, pois essa ainda não é a Segunda vinda de Cristo à terra e sim o evento do Arrebatamento da Igreja, que durará Sete anos (sete anos com Cristo, fora da terra). Somente verão à vinda de Jesus, os salvos, que serão arrebatados. Para eles (milenistas), a segunda vinda de Cristo, só ocorrerá após sete anos de arrebatada a Igreja (7 anos de governo diabólico na Terra). Após terem se passado 7 anos do arrebatamento da Igreja (primeiros 3 anos e meio de aparente paz e após 3 anos e meio de muita tribulação aqui na terra), aí sim ocorrerá a segunda vinda de Jesus Cristo à Terra. Para os milenistas, haverá sobre Israel, uma Jerusalém Celestial, onde estarão os salvos, juntamente com Cristo, que nesse momento iniciará 1000 anos de governo sobre toda à Terra. O diabo será preso por 1000 anos. Durante PAr inda não é a Segunda V 4.17)corpo dos cristito e glorioso. revista da imortalidade. um abrir e fechar de olhos, ao ressoar desse tempo, todos que estiverem na terra, conhecerão à Cristo e terão chance de salvação. Muita paz reinará sobre a terra. No fim destes 1000 anos, o diabo será novamente solto sobre à terra (um breve tempo) e muitos ainda se perderão e irão para o inferno, pois a carne prima pelo prazer, mesmo momentâneo, segundo os milenistas. Completados os 1000 anos, os não salvos mortos em todas às épocas, desde o início do mundo, serão ressuscitados e julgados diante do grande Trono Branco. Só os não salvos serão ressuscitados. Os salvos, já estarão com Jesus.

         Uma escatologia (estudo das coisas do fim) que não ensina um reino terreno de Cristo de 1000 anos literais pode ser chamada “amilenista” (algumas vezes chamada “milenismo realizado” porque o período referido em Apocalipse 20 está agora em um processo de realização). Amilenismo é a posição de que não haverá 1000 anos literais de um reino terreno visível. Esta posição ensina que os 1000 anos de Apocalipse 20, entendidos simbolicamente, começaram na primeira vinda de Cristo ao mundo por ocasião de sua morte, ressurreição e subida aos céus.

         Embora a exegese detalhada dos textos pertinentes pode variar entre cristãos amilenistas, aqueles que adotam esta posição concordam que os “mil anos” referidos em Apocalipse 20 é uma expressão figurada para o presente reino de Cristo, que começou com Sua ascensão ao céu e será manifestada plenamente na Sua segunda vinda. A segunda vinda de Cristo será um evento no qual Ele, nas palavras de Martinho Lutero, “me ressuscitará a mim e a todos os mortos e dará a mim e a todos os crentes em Cristo a vida eterna” (Explicação do Terceiro Artigo do Credo Apostólico). A escatologia apresentada nas Confissões Luteranas é claramente amilenista.

         Ao abordar a escatologia bíblica, é especialmente importante que o leitor da Escritura Sagrada leve em conta a natureza da literatura profética e apocalíptica. A maior parte dos profetas maiores e menores são escritos em poesia, com sua característica linguagem figurativa e pictórica (como se fosse uma pintura). Por exemplo, Amós retrata as futuras bênçãos escatológicas para o povo de Deus, dizendo que “os montes destilarão mosto” (9.13). O profeta dificilmente estaria querendo dizer que os montes do Oriente Médio estariam um dia cobertos com vinho.

         Linguagem simbólica deste tipo é especialmente comum na literatura apocalíptica, como Daniel e Apocalipse. Em Apocalipse, por exemplo, lemos sobre cavaleiros (capítulo 6), gafanhotos (cap. 9), bestas (cap. 13), Satanás acorrentado e jogado num poço sem fundo (cap. 20) e mais. Além disso, na literatura apocalíptica números são normalmente usados simbolicamente (os sete chifres e os sete olhos de Cristo [Ap. 5.6], os 144.000 selados [Ap. 7.2-8; 14.1-5], os 1000 anos de Apocalipse 20). Claramente este tipo de literatura não pretende estar falando literalmente, como se todo verso estivesse apresentando linguagem em prosa direta, como em um jornal. O objetivo do intérprete deve ser buscar o sentido pretendido ou literal do texto e fazê-lo reconhecendo que Deus, em alguns casos, escolheu trazer o significado através de simbolismo e figuras de linguagem.

         Certos textos são mais bem interpretados de acordo com o que tem sido normalmente chamado de perspectiva abreviada. Eventos de um futuro próximo e outros, mais distantes, são freqüentemente encaixados em uma única descrição, assim como os picos das montanhas quando vistos à distância. Algumas vezes os profetas focalizaram um futuro imediato; em outras ocasiões, um futuro distante; entretanto, ambos são vistos ao mesmo tempo. A profecia de Joel, por exemplo, move-se rapidamente de uma situação imediata: a praga dos gafanhotos (1.2-2.27), para o futuro distante do Pentecostes (2.28-29) e para um futuro ainda mais distante: a segunda vinda de Cristo (2.30-3.21). Jesus também profetiza desta maneira. Em Mt. 24.15-28 (cf. Mc. 13.14-23 e Lc 21.20-24) Jesus projeta em uma cena tanto o ano 70 A.D., quando os romanos destruíram Jerusalém, como a perseguição intensificada final contra a igreja antes de Sua segunda vinda. A profecia bíblica freqüentemente não nos mostra os séculos intermediários que estão como vales entre os pontos altos da história da salvação.

         Bom, voltando ao texto de 1º Tessalonicenses 4. A palavra “arrebatamento” é uma tradução de um termo grego, em 1º Ts. 4.17, que significa “ser tomado”. Paulo menciona o “arrebatamento” em resposta a um problema específico na Igreja de Tessalônica. Os Tessalonicenses lamentavam pela morte de alguns membros da Igreja porque temiam que estes mortos estariam excluídos da salvação futura associada com a segunda vinda de Cristo (1º Ts. 4.13).

         Paulo corrige a visão destorcida dos Tessalonicenses sobre o fim, informando-os que “os mortos em Cristo viverão” e que, na verdade, precederão os vivos em se encontrarem com Jesus. Assim sendo, os dois grupos de cristãos - os mortos, que ressuscitarão e os cristãos vivos, que serão transformados (1º Co. 15.51,52) - estarão “para sempre com o Senhor” (1º Ts. 4.17; 5.10). O propósito do tal “arrebatamento” que Paulo descreve em 1º Ts. 4.17 é evidente, a partir da linguagem que ele emprega neste versículo. A palavra traduzida por “encontro” é um termo técnico usado no tempo do Novo Testamento para descrever uma recepção pública dada por uma cidade a um visitante ilustre. Os principais cidadãos da cidade normalmente deixariam a cidade para “encontrarem-se” com o distinto visitante e então acompanhá-lo para dentro da cidade (cf. At. 28.15). Paulo “parece” estar dizendo, portanto, que os cristãos irão se encontrar com o Senhor nos ares para acompanhá-lo em honra para a Terra para o grande Julgamento final.

         Todos os milenistas creem que isto ocorrerá antes do governo de “1000 anos” de Cristo sobre a terra. Pré-milenistas dispensacionalistas crêem que ocorrerá ou no início da tribulação dos “sete anos” (isto é, um arrebatamento “pré-tribulação”) ou após os primeiros três anos e meio da tribulação (isto é, um arrebatamento “mesotribulacional”). Eles crêem que os “santos arrebatados” irão então para o céu com Jesus e permanecerão lá por sete anos ou por três anos e meio, depois do que descerão para a terra, para o milênio. Pré-milenistas históricos crêem que ocorrerá no final da tribulação (isto é, arrebatamento “pós-tribulacional”), mas antes do milênio.

         À luz das claras passagens da Escritura sobre o assunto, é difícil ver como uma abordagem assim especulativa pode ser defendida tão seriamente. O “arrebatamento” descrito por Paulo ocorrerá na segunda vinda de Cristo, depois da “tribulação” (isto é, no fim da história do mundo), quando acontecerá a ressurreição dos mortos e o dia do julgamento para todos. O último dia virá “como um ladrão à noite”, trazendo condenação para os descrentes, mas salvação para os que creem (1º Ts. 5.1-10). Cristo reunirá os eleitos e julgará todos os povos (Mt 25.31-36). Quando os cristãos são ressuscitados, a morte é destruída (1º Co. 15.26,51-57).

RESSURREIÇÃO E JULGAMENTO FINAL

         Uma ressurreição geral do corpo é verdade central da escatologia bíblica. As Escrituras ensinam claramente que o Deus Triúno ressuscitará corporalmente todos os mortos na segunda vinda de Cristo, dará vida eterna aos que creram e entregará os descrentes à eterna condenação.

         Jesus ensinou: “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo. 5.28,29; cf. Dn. 12.2; At. 24.15). Em Apocalipse 20 o apóstolo João fala da única ressurreição geral, quando escreve: “Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras” (20.13). Esta ressurreição “geral” acontecerá no segundo advento de Cristo, isto é, no “último dia” (Jo. 5.28,29; 6.39,40,54; 1º Ts. 4.16; Fp. 3.20,21; 1º Co. 15.23). A posição pré-milenista, de que haverá duas, três ou mais ressurreições corporais separadas por períodos de tempo, simplesmente não pode ser sustentada com base no que as Escrituras ensinam sobre a ressurreição dos mortos.

         As Escrituras ensinam que haverá um dia do julgamento final, que acontecerá no segundo advento de Cristo, no final da história humana (Mt. 13.40-43; 25.31,32; 2º Pe. 3.7; 2º Ts. 1.7-10; Sf. 1; Is. 24-27). Este último dia é mencionado como “o dia do julgamento” (Mt. 11.22), “aquele dia” (Mt. 7.22; 2 Ts. 1.10; 2 Tm. 4.8; Is 24-27; Sf. 1), e o “dia da ira” (Rm. 2.5; Sf. 1.15). Não há nada nestes textos que suporte a posição pré-milenista de que haverá dois, três ou mais julgamentos separados por períodos de tempo, ou um longo processo de julgamento.
         Todos teremos que comparecer diante do tribunal de Cristo! - 2º Co. 5.10
         Mt. 25.31-41 - Jesus virá em sua majestade, com todos os anjos, se assentará no trono, todas as nações serão reunidas em sua presença e ele separará uns dos outros como o pastor separa dos cabritos as ovelhas. Ele julgará todos os vivos e mortos. Dará a vida eterna aos que estiverem à sua direita, e dirá aos que estiverem à sua esquerda: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (v. 41!)

         Deus pode condenar no inferno tanto o corpo como a alma. Mt. 10.28 - O caminho da perdição é largo e são muitos os que entram por ele; mas a porta para a vida eterna é estreita e o caminho é apertado, e são poucos os que a acertam! - Mt. 7.7-13 (Jesus: “Entrai pela porta estreita...”).

         O julgamento final do mundo foi confiado pelo Pai ao Filho. Ele foi nomeado o Juiz final (Rm. 14.10; Jo. 5.22; At. 17.31; cf. 2º Co. 5.10; 2º Tm. 4.1,8; At. 10.42; Rm. 2.16; Mt. 25.31,32; Ap. 19.15). Que Cristo será o Juiz é boa notícia, já que Ele é o que morreu e ressuscitou pela salvação de todos. Aqueles que estão vestidos com Sua justiça o encontrarão como Salvador, enquanto aqueles que se baseiam em sua própria justiça o encontrarão como o Juiz que os condena.

         Portanto, as Escrituras do Novo Testamento ensinam que um dia Cristo retornará visivelmente em glória. Elas se referem à Sua segunda vinda usando diversos termos: “vinda” ou “presença” (parousia), “aparição” (epiphaneia; phaneroo), “revelação” (apokalypsis) e “o dia do Senhor” (he hemera tou Kyriou). Um estudo dos textos onde estes termos aparecem revela que o segundo advento de Cristo é um evento ao final da história. Podemos resumir o ensino a respeito da segunda e derradeira vinda de Cristo da seguinte forma:

         1)
         Cristo virá visivelmente e todos os povos o verão. Jesus virá do modo como subiu aos céus no dia da Ascensão (At. 1.11; Lc. 17.22-24; 21.27,35; Mc. 13.24-26; 14.62; Ap. 1.7).
         Mt. 24.27,30: “Porque assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do homem... então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória”.
          Ap. 1.7: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém.
         Não há uma vinda secreta de Jesus, como propõe alguns milenistas.

        2) 
        Cristo voltará em glória na companhia de Seus anjos (Mt. 13.39-43,49; 16.27; 24.30,31; 25.31; 2º Ts. 1.7; Ap. 19.11-14; Tt. 2.13; Jd. 14,24; 1º Pe. 4.13; Zc. 14.3).

        3) 
       Quando Cristo voltar, uma ressurreição corporal de todos os mortos acontecerá. Os que creram ressuscitarão para a salvação e os descrentes para a condenação (Jo. 5.27-29; 6.39,40,44,54; Ap. 20.11-15; 1º Co. 15.12-57; Dn. 12.1,2). Todos os cristãos, vivos e mortos, serão “levados” para “o encontro do Senhor nos ares” (1º Ts. 4.13-17). A morte será destruída (1º Co. 15.26,54-57; Ap. 20.14).
         Jesus disse: “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.” Jo. 5.28,29.
         Jo. 6.40: “De fato a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”.
         O apóstolo Paulo afirma: “... o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória”- Fp. 3.20,21.
         Não há base bíblica para afirmar uma ressurreição antes do fim dos tempos. A ressurreição de todos os mortos se dará no fim dos tempos. Não há um espaço entre a volta de Cristo, a ressurreição dos mortos e o destino eterno destes, como bem mostram as palavras de Jesus em João 5.

         4) 
         Quando Cristo retornar, Ele julgará todas as pessoas, vivos e mortos (Mt. 25.31-46; Jo. 5.27; At. 10.42; 17.31; Rm. 2.16; 2 Tm. 4.1,8; Jd. 14,15; Ap. 20.11-15). Os que creram receberão salvação eterna e os descrentes, eterna condenação (Mt. 25.31-46; 1º Pe.4,5,7; 5.4; 1º Jo. 3.2; Hb. 9.28; 2º Co. 5.10; 2º Ts. 1.6-10).
         Deus julgará o mundo por meio de Jesus, num dia que ele mesmo estabeleceu - At. 17.31

         5) 
         Destruição do universo. Nos tempos de Noé, Deus prometeu destruir o mundo com água. Prometeu e cumpriu! E Pedro acrescenta: “Ora, os céus que agora existem, pela mesma palavra (profética de Deus!) estão entesourados para FOGO e para a destruição dos homens ímpios” 2º Pe. 3.7.
         Inesperadamente: como foi nos dias de Noé, anteriores ao Dilúvio; assim será na vinda do Filho do homem (Mt. 24.38,39).
         “O sol se escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento... todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória” Mt. 24.29,30.
         “E o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola... os montes e ilhas foram movidos dos seus lugares” Ap. 6.14 (ver também Ap. 20.11).

         6) 
         Quando Cristo retornar, serão criados “os novos Céus e a nova Terra” (2º Pe. 3.10-13; Ap. 21.1-7). Em nenhum lugar, no entanto, as Escrituras ensinam que na Sua volta Cristo estabelecerá um reino político, ou “milênio” neste mundo.
         O dia do Senhor virá como ladrão, inesperadamente e sem aviso, e o universo (incluindo a terra!) será destruído pelo fogo - 2º Pe. 3.10,11.
         A data do segundo advento de Cristo não é conhecida. O próprio Jesus ensinou: “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai” (Mt. 24.36; cf. Mt. 24.42,44; 25.13; 1º Ts. 5; 2º Pe. 3).
         Os tempos e épocas fixados pela autoridade do Pai “não vos compete conhecer” (At 1.7). Portanto, é proibida a especulação quanto ao tempo do fim. Isto pode ser dito: o fato de que Deus retardou o fato por quase dois milênios até agora é devido à Sua paciência e misericórdia, pois “Não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2º Pe. 3.9).
         O ensino Escriturístico sobre o segundo advento de Cristo tem um propósito muito prático: Deus quer que todos venham a crer no Evangelho, vivam em serviço a Cristo e ansiosamente esperem o último dia, com paciência (Rm. 13.12-14; Tt. 2.11-13; 1º Pe. 1.13-15; 2º Pe. 3.11,12; 1º Jo. 3.2,3; 1º Tm. 6.14; Mt. 25.14-30).

COMENTÁRIOS DOS TEXTOS DE MATEUS 24 e APOCALIPSE 20

         Mateus 24.40,41: “Então dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra”. 

         Antes de mais nada, é preciso entender este texto à luz do contexto mais amplo. No início do capítulo 24, os discípulos perguntam a Jesus “que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século?” (v. 3). No sermão escatológico Jesus fala de dois eventos, a queda de Jerusalém e a consumação do século, isto é, o fim do mundo. Ao referir-se ao segundo evento, deixa claro que ocorrerá na sua segunda vinda, que acontecerá de forma visível, com os anjos de Deus, em grande glória (v. 27-31).

         Depois, note-se que o versículo 31 trata do mesmo assunto que os versículos 40 e 41, ao dizer: “E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus”.

         Comentando sobre os versículos 30 e 31 do mesmo capítulo, Frederick D. Bruner faz importantes ressalvas à interpretação milenista:
Este encontro é o que a Igreja chama de “arrebatamento”. É importante notar que este “arrebatamento” ocorre depois da vinda pública, visível do Filho do homem (Jesus). Não há na Escritura algo como um arrebatamento secreto. O arrebatamento não é um misterioso rapto por um Filho do homem invisível antes de uma última vinda. A vinda e o arrebatamento acontecem juntos e nesta ordem, aqui e em toda a parte na Escritura. ...
            A Escritura não sabe nada de duas vindas futuras de Cristo - uma secreta, para a Igreja, e uma pública, para o mundo. Antes, o Filho do homem volta uma vez - visível e publicamente - para reunir os seus eleitos e condenar os impenitentes. ...

         O professor Walter Kunstmann, em um estudo, faz um desafio interessante:
Desafiamos os milenistas de nos apresentar uma só passagem clara que fala de uma dupla volta visível do Salvador, de uma dupla ressurreição dos mortos e de um reino de Cristo de mil anos aqui na terra.

         Os textos bíblicos que falam da volta de Jesus mostram que Ele virá para o julgamento e para levar os que creram para a vida eterna. Ver Mt. 16.27; 25.31; Jo. 14.3; 2º Ts. 1.7. O Dr. Kunstmann conclui: Não há lugar para introduzir entre estes  dois  acontecimentos  indissolúveis a volta de Cristo e o juízo, um intervalo de 1000 anos.

         Apocalipse 20: O livro de Apocalipse é escrito em linguagem apocalíptica e, portanto, não pode ser interpretado literalmente. Algumas vezes João dá a interpretação dos elementos simbólicos de uma visão. Em outras ocasiões, ele não o faz. Normalmente os símbolos usados pelo apóstolo são derivados do Antigo Testamento, de modo que é preciso que se esteja a par de seu pano de fundo do Antigo Testamento, para entender sua intenção. Em geral dever-se-ia seguir o princípio que o Apocalipse deve ser interpretado à luz de outras partes, claras e não figuradas, da Escritura, e não o contrário.

         O reconhecimento do caráter repetitivo dos capítulos 6 a 20 tem um peso significativo para a interpretação de certos textos-chave. A profecia de João compreende as coisas que acontecerão desde a ascensão de Cristo (capítulo 5) até Seu segundo advento. Sua profecia está estruturada a partir de ciclos que se repetem e que são paralelos uns aos outros. Cada ciclo descreve o mesmo período de tempo, da ascensão de Cristo até Seu segundo advento, mas com ênfases diferentes. Estes ciclos consistem de três visões terrenas (sete selos - 6.1-8.5; sete trombetas - 8.6-11.19; sete flagelos - 15.1-16.21) e duas visões cósmicas (12.1-14.20; 20.1-15).

            O capítulo 20 é paralelo a 12.1-14.20, sendo que ambos começam com a derrota e fim de Satanás, com o dia do julgamento. O capítulo 20 resume a história desde o primeiro advento de Cristo até o segundo, mas nada diz sobre o templo, povo e terra judaicos. Apocalipse 20.1-3 diz, de fato, que Satanás é amarrado por 1000 anos em um abismo. Se permitimos que partes não figuradas da Escritura nos ajudem a interpretar esta passagem, notamos que este amarrar aconteceu na vida terrena, morte, ressurreição e ascensão de Cristo. Satanás foi expulso, julgado e vencido no primeiro advento de Cristo (Jo. 12.31; 16.11; 1º Jo. 3.8; Lc. 10.18; Hb. 2.14). A referência ao “amarrar” Satanás (deo) ocorre apenas em Mt. 12.24-29 e Mc. 3.22-27, onde se refere ao primeiro advento de Cristo (cf. Lc 11.15-22). Este “amarrar” de Satanás é paralelo a Ap. 12.7-13, onde ele é expulso do céu e não lhe é mais permitido acusar os santos, como ele fizera no tempo do Antigo Testamento (Zc. 3; Jó. 1-2).

            O texto também diz que ele está amarrado, no sentido de que “não mais enganasse as nações” (20.3). Ele não é mais capaz de enganar as nações e impedí-las de ouvirem o Evangelho, como era o caso em geral no tempo do Antigo Testamento (cf. At. 14.16; Mt. 16.18). O diabo ainda é “um leão que ruge procurando alguém para devorar” (1º Pe. 5.8), mas não pode impedir o Evangelho de ir até os confins da terra (Mt. 24.14).

            Como é geralmente verdade na literatura apocalíptica, os números são simbólicos, representando conceitos (por exemplo, Ap. 5.6). O número 1000 representa algo completo (10). Ele indica o período completo de tempo para a Igreja realizar sua missão mundial, não 1000 anos literais de um reino de Cristo na terra.

            Em Ap. 20.4-6 João menciona a “primeira ressurreição”. Novamente o restante da Escritura nos auxilia na definição desta expressão. Sem dúvida, a referência é para a conversão, isto é, o ressuscitar com Cristo no Batismo (cf. Rm. 6.2-5,11; Cl. 2.12,13; Jo. 5.24; 11.25,26; 1º Jô. 3.14; 5.12; Ap. 3.1; Ef. 2.1-6). Aqueles que desfrutam desta “ressurreição” não estão mais sob o poder da morte eterna (20.6,14,15). Antes, são “sacerdotes de Deus e de Cristo” (20.6; cf. 1.6; 5.10). Todos os cristãos, que “não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem” já reinam com Cristo, um reinar que não termina com a morte temporal, nem jamais terminará (20.4; cf. 5.10; 22.5; Rm. 5.17; Ef. 2.6).

            Ap. 20.7-10 descreve em linguagem figurada a perseguição intensificada do final contra a Igreja pelo mundo anti-cristão (cf. Dn. 12.1; Mt. 24.21,22). Satanás será solto por “pouco tempo” para enganar as nações e levá-las em um ataque contra “o acampamento dos santos e a cidade querida”, isto é, a Igreja cristã (20.9; cf. 21.2,9). Esta perseguição final contra a Igreja também é mencionada em outra parte no Apocalipse, geralmente descrita como uma batalha (9.13-19; 16.12-16; 19.19). Armageddon, o “monte de Megido” em Hebraico, é o termo específico usado para esta batalha e, conforme comentado anteriormente, é uma alusão ao local onde batalhas famosas ocorreram no Antigo Testamento (16.16). O termo, no entanto, não se refere a uma guerra nuclear, como alguns têm sugerido, mas a uma perseguição intensificada contra a Igreja. O apóstolo também não entende “Gogue e Magogue” como representações de modernos Estados políticos (20.8). Tirando suas figuras de Ezequiel 38-39, João está se referindo ao inteiro mundo anti-cristão.

            Se a Igreja já está ou não no “pequeno tempo” de Satanás é difícil responder. Todavia, pode-se certamente notar que o mundo anticristão está perseguindo a Igreja hoje e que a Igreja não consegue realizar sua missão em várias partes do mundo tão livremente como podia anteriormente. Embora de fato têm havido períodos de perseguição severa no passado, uma intensificação da tensão do fim da história, que se aproxima, bem pode estar acontecendo sobre nós.

            O capítulo 20 termina com um quadro do julgamento final de todos, como em 11.18 e 14.14-20. Aqueles cujos nomes não são encontrados no Livro da Vida são lançados no “lago de fogo” (20.15).

            A mensagem de João no capítulo 20 é muito prática para a Igreja. Ele conclama a Igreja a perseverar fielmente em meio a perseguição crescente (cf. 13.10; 14.12), assegurando, ao mesmo tempo, aos cristãos que eles já são mais do que vencedores e que reinam com Cristo pela fé.

Pastor Alessandro Souto


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