quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Estudo Bíblico OS DEZ MANDAMENTOS parte 9 e 10

Nono e Décimo Mandamentos

 

“Não cobiçarás a casa do teu próximo”

“Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem os seus empregados, nem o seu gado, nem coisa alguma que lhe pertença”

Êxodo 20.17


       Estes dois últimos mandamentos se dirigem principalmente àqueles que desejam ser chamados de pessoas honestas e sinceras, já que observam os mandamentos anteriores. Os malfeitores aos olhos do mundo precisam cuidar primeiro dos outros mandamentos.

        Muitas pessoas pensam que são cumpridoras dos mandamentos quando exteriormente deixam de roubar ou cometer adultério, por exemplo, mas Deus quer mostrar com o nono e o décimo mandamentos que também se deve considerar pecado e coisa proibida cobiçar aquilo que pertence ao próximo, ou de qualquer forma, pretendê-los para si.

            A sociedade do Antigo Testamento se organizava de modo diferente da nossa sociedade atual. Naquela época os empregados não eram livres, como hoje para trabalhar por salário, mas eram propriedade do seu senhor, tal como o gado e outros bens. A mulher também era propriedade do marido que podia despedi-la por um termo de divórcio e tomar outra. Assim, se alguém desejasse a mulher de outro, poderia despedir a sua mulher e desviar do outro a mulher deste, a fim de apossar-se dela a pleno direito. Essa prática entre eles não era pecado nem vergonha.

            O nono e o décimo mandamentos nos ensinam que ninguém deve desejar tomar posse daquilo que pertence à outra pessoa, como por exemplo, mulher, empregados, casa, lar, campos, etc, ainda que seja com aparência de direito, e aos olhos do mundo se possa fazê-lo honrosamente, contudo, em prejuízo do próximo.        


            A cobiça é o desejo insaciável de possuir algo que pertence a uma outra pessoa. Não está errado ter o desejo de progredir, mas é pecado querer alguma coisa às custas de outra pessoa. Este mau desejo é pecado diante de Deus. Tenhamos cuidado com o desejo de querermos estar no mesmo nível do nosso próximo.

            A cobiça acontece com maior freqüência em ações judiciais na intenção de ganhar ou extorquir algo do próximo, como por exemplo, disputas por herança.

            A vontade de Deus é que nos sintamos satisfeitos com aquilo que temos, contentando-nos com aquilo que bondosamente Ele nos concede para a nossa sobrevivência material (1 Tm 6.10; Tg 1.15; Mt 16.26; Hb 13.5; 1 Co 10.24).

            Em resumo, Deus deseja duas coisas de nós com estes mandamentos: 1º que não desejemos adquirir nada que pertence ao próximo e nem lhe façamos mal algum. 2º que deixemos com ele o que possui e, além disso, promovamos e preservemos o que lhe possa ser de proveito, tal como gostaríamos que fizessem conosco.

            Exemplos de cobiça na Bíblia:

            A cobiça do Rei Acabe = 1 Rs 21.1-19
            A cobiça do Rei Davi = 2 Sm 11.2-17,26-27

            “A nossa natureza pecaminosa não concede ao outro tanto quanto a nós mesmos.
            Desse modo, o natural, segundo a carne, é cada um se apossar de quanto lhe é possível. O outro que fique onde puder”.

            “Muitas pessoas torcem e esticam o direito de acordo com os seus interesses, sem levar em consideração a justiça e a necessidade do próximo”.

            1 Tm. 6.10: Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça se desviaram da fé, e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.

(OBS: Estudo baseado no Catecismo Maior de Martinho Lutero).

 

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