terça-feira, 1 de junho de 2010

FOME

   Os dados impressionam: 800 milhões de pessoas passam fome no mundo e 24 mil morrem a cada dia de causas ligadas a desnutrição. Uma notícia cruel e extremamente injusta num planeta que colhe o suficiente para saciar a fome de todos os seus habitantes.
   No Brasil da terra fértil e que tem título de celeiro do mundo, a situação deveria ser diferente. Mas aqui a fome também atinge milhões de pessoas. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública, de todo o lixo gerado no país, 50% são alimentos. Só por isto a fome tem nome: impiedade. Isto mesmo, falta de compaixão, de pena. Bem, este é um pecado que os impiedosos terão de prestar contas um dia ao verdadeiro dono das plantações.
   Mas, tudo isto nos faz lembrar também de um outro tipo de fome: a fome espiritual. Porque se Deus manda chuva e sol para que todos tenham o que comer, também manda o Evangelho na mesma proporção. Ou como disse o apóstolo de forma invertida: “Se Ele nos deu o seu Filho, será que não nos dará também graciosamente todas as coisas?” (Rm 8.32).
   Ainda bem que impiedade não é um sentimento que atingiu o Filho de Deus. Relata o Evangelista: “Quando Jesus viu a multidão, ficou com muita pena porque aquela gente estava aflita e exausta, como ovelhas que não tem pastor. Então disse aos discípulos: de fato a seara (colheita) é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam ao dono da plantação que mande mais trabalhadores para a sua seara” (Mt 9.36-38). Jesus visualiza uma cena dramática: gente morrendo de fome espiritual diante de comida que apodrece na plantação (mostra a Bíblia). Alguma coisa urgente precisava ser feita para ajudar aquela gente. E a oração deveria ser o primeiro passo. Por isto no “peçam ao dono da plantação” estava implícito a “piedade, a compaixão”.
   O apóstolo Paulo também “desejava de todo o coração que o seu próprio povo fosse salvo” (Rm 10.1). Assim tentou alastrar este desejo ao emitir um sinal de SOS: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como invocarão, se não crêem nele? E como crerão, naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem ensine?” (Rm 10.13,14). O que Jesus viu, Paulo também enxergou. Afinal, “a mensagem de Deus estava perto” (Rm 10.8) e bastava alguém para alcançá-la.
   Comida e Palavra de Deus sempre foram comparadas na Bíblia, sobretudo na promessa de que os que estiverem no céu nunca mais terão fome (Ap 7.16). Ambas são bênçãos que vêm do céu na medida justa para todos. Precisamos sempre pedir o pão-nosso de cada dia, e buscar o alimento da Palavra que nos nutre para a Salvação. Amém.

Adaptado do Pastor Marcos Schmidt


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