terça-feira, 4 de maio de 2010

MÃE ESGOTADA

Quem inventou o Dia das Mães, anos depois tentou acabar com o feriado. O segundo domingo de maio surgiu oficialmente nos Estados Unidos em 1914, por insistência de Anna Jarvis. Filha de pastor, perdeu a mãe em 1905, e no primeiro ano de seu falecimento, enviou 500 cravos brancos para homenagear as mães da sua congregação. Queria lembrar a brancura desta flor simbolizando as virtudes maternais. Durante os anos seguintes, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja com o mesmo propósito. Mas as flores começaram a ser comercializadas, e por isto, entrou com processo a fim de cancelar o feriado. “Não criei o dia para ter lucro”, protestou sem sucesso. Anna morreu aos 84 anos sem nunca ser mãe. No Brasil, a data foi oficializada em 1932 já com características comerciais.
    Muita coisa mudou na vida da mulher nestes tempos em que os cravos deram lugar aos celulares. Alguém escreveu que as reflexões atuais sobre a condição da mulher giram em torno da convivência doméstica, da trinca carreira-maternidade-matrimônio, e da harmonização entre a vaidade e a competência profissional.
    Segundo pesquisas, as mulheres brasileiras inseridas no mercado de trabalho dedicam 22,1 horas por semana às tarefas da casa, enquanto os homens gastam apenas 9,9 horas com essas atividades. Tal situação é apontada como a principal causa de brigas e separação entre casais. O IBGE em 2002 já dizia que as mulheres ocupavam 45% no mercado de trabalho - 44% na advocacia, 40% na medicina, 56% na arquitetura, 14% na engenharia, 33% na classe dos juízes. Professoras do ensino fundamental devem ser 99%. E se pensarmos naquelas que trabalham na informalidade, hoje as donas de casa são a minoria.
    Tal quadro conclui que hoje o pai tem mais tempo para os filhos do que a mãe. Quando os dois estão em casa, ela vai para a cozinha e ele fica na sala com as crianças - com a televisão ligada.
    A escritora Wanda de Assumpção lembra um perigo nesta ausência maternal: O senso de culpa nos leva a tentar compensar materialmente essa falta. Acabamos mimando nossos filhos com coisas materiais, trocando a penúria financeira pela falta de disciplina e equilíbrio emocional.
    Longe da discussão entre feministas e conservadoras, é impossível negar o insubstituível papel feminino. Ela até pode assumir muita coisa masculina, mas ele nunca será mãe ou mesmo fazer o que ela faz. Igual a mãe que consola o filho, diz Deus na Bíblia, assim eu consolarei vocês (Isaías 66.13). Ninguém ama igual a Deus e ninguém ama igual a mãe. Além deste colo, não é o homem, mas a mulher sábia que constrói o seu lar (Provérbios 14.1). E se ela vive mais tempo que ele, outra sabedoria divina. Afinal, quando a mãe está ausente, surge a avó-mãe esbanjando experiência e dedicação.
    Se as mães estão com as horas e a vida esgotadas, isto é sem dúvida um grande problema para todos. Mas, bom é saber que no Senhor encontramos forças, orientação e consolo. Por isso, mães, entreguem suas vidas ao Senhor. E nós, filhos, vamos tornar a vida de nossas mães cada vez mais alegre e prazerosa. Afinal, todos temos o mesmo objetivo: chegar ao eterno lar celestial.


Pastor Marcos Schmidt
(CEL São Paulo - Novo Hamburgo)


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