quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Perguntas a respeito do Kardecismo (espiritismo)

          Foram feitas perguntas, na seção Pergunte ao Pastor, sobre o Espiritismo. Oportunamente, nestes dias em que está sendo lançado um filme com essa temática, novelas, seriados e outros, postaremos a resposta. 
         Como mesmo disse o Pastor Alessandro Souto, é um tema que exige uma resposta mais detalhada, então transcreveremos aqui, em forma de tópico, a resposta a essas perguntas.
Fiquemos firmes em nossas convicções, e permaneçamos "naquilo que aprendemos"!
 
Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido


          Anônimo disse...

           O Brasil é o país com mais espíritas no mundo. Infelizmente, milhares de pessoas são e foram iludidas pelo tão "endeusado" Chico Xavier, o qual afirmava conversar com os espíritos das pessoas já falecidas. Na minha opinião, ele era um mensageiro do Diabo para testar nossa fé......sou muito criticada por isso, pois as pessoas o têem como um herói. Não vou mudar nunca minha opinião, mas gostaria de saber como a nossa Igreja se posiciona diante deste assunto e, em particular, de Chico Xavier.


          Anônimo disse...

          Também enfrento - aliás, como todos os cristãos verdadeiros - a pressão dos Kardecistas e suas crenças. Gostaria de saber, como o anônimo logo acima, como posicionar-se e responder a eles...


         


            Respondendo as questões sobre o Espiritismo!
            Estimados (as) amigos (as)
            Escrever sobre o espiritismo em poucas palavras é muito difícil, por isso vou fazer um verdadeiro tratado aqui (hehehe).
            Chico Xavier é uma espécie de Allan Kardec brasileiro. Tornou-se famoso e conhecido pelas suas psicografias (cartas supostamente ditadas por espíritos de pessoas falecidas). Chico Xavier perdeu a sua mãe com 5 anos de idade e foi a entregue a sua madrinha que era uma verdadeira carrasca. Sua madrinha o açoitava com vara de marmelo e lhe cravava garfos de cozinha no ventre. Isto com certeza lhe deixou muitos traumas e lhe causou muita perturbação psicológica. Aos 17 anos de idade, por orientação de um amigo, ingressou no estudo do espiritismo, principalmente das obras de Kardec. E partir daí começou a psicografar obras de supostos espíritos de escritores brasileiros e portugueses falecidos.

 
            Como vou expor logo adiante a comunicação com os mortos é impossível, por isso aquilo que Chico Xavier e outros publicaram como obras de espíritos não passam de farsas e invencionices.
            HISTÓRIA DO ESPIRITISMO: Em sua versão moderna, o espiritismo começou no século XIX. Houve uma grande divulgação da crença com um fato que aconteceu com certa família, na América do Norte, em Hydesville (Nova Iorque), em 1848. As irmãs Margarete e Kate Fox, de 14 e 11 anos de idade respectivamente, ouviram pancadas em diferentes partes da casa em que residiam.
            Kate entrou em contato com o “espírito” que deu-se a conhecer como sendo o de John Bell, ferreiro e antigo morador da casa.
            Em 1886, na Academia de Música de Nova Iorque, as irmãs confessaram que tudo não passava de uma farsa. Ali mostraram como produziam as famosas batidas que deveriam ter sido manifestações do espírito do desencarnado (Livro: “Entendendo o oculto” de Josh McDowell e Don Stewart, p 151).
            Partindo desse acontecimento com as irmãs FOX, que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação da época, propagou-se o espiritismo por toda a América do Norte e na Inglaterra. Na época, outros países da Europa também foram visitados, com sucesso, pelos espíritas norte-americanos.
            Ao chegar na França, a doutrina espírita moderna encontrou aquele que é considerado a figura máxima de sua divulgação no mundo contemporâneo: o médico chamado Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais conhecido como Allan Kardec.

            A comunicação com os mortos não existe: A Bíblia é extremamente clara e explícita em condenar qualquer tentativa de comunicação com os mortos. A passagem mais clara nesse sentido é Dt 18.9-14: “Quando entrares na terra que o Senhor, teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor, teu Deus, os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor, teu Deus. Porque estas nações que hás de possuir ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor, teu Deus, não permitiu tal coisa.”
            O espiritismo, no entanto, age como a maioria das seitas ao fazer uso da Bíblia: cita apenas aquilo que pode distorcer e interpretar a seu bel-prazer, e “passa a borracha” no que não lhe apraz. O texto acima é um exemplo típico disso, pois jamais é citado pelos autores e lideranças do espiritismo. Uma vez que crêem ser capazes de comunicar-se com os mortos, e tentarem efetivamente fazê-lo por meio de seus médiuns, copos e tábuas ouija, ignoram esse texto, pois isso os denunciaria claramente como não-cristãos, fazendo com que perdessem muito de seu crédito diante dos que são cristãos só de nome. Segundo diz claramente a passagem citada, as práticas da necromancia e da adivinhação são “abominação” para Deus. Este termo é muito forte, significando nada menos do que práticas que Deus odeia, tanto quanto odeia o próprio diabo.

 
            A Bíblia deixa muito claro que não há possibilidade de comunicação entre vivos e mortos. Os que já se foram da terra não são enviados de volta a ela nem mesmo em missão de graça, para advertir os pecadores(Lc 16.31). Os mortos nem mesmo sabem o que se passa no mundo, ignoram quem está nele(Is 63.16).
            No entanto, como se vê em muitas sessões espíritas, os presentes costumam receber respostas às perguntas que fazem. A pergunta é: de onde vêm tais respostas? Como elas são obtidas?
            A verdade é que muito do que se vê nessas ocasiões não passam de truques de prestidigitação, feitos por ilusionistas habilidosos. O famoso cientista Camille Flammarion, companheiro de Kardec nos primeiros tempos de divulgação do espiritismo no Ocidente, admitia que quase todos os “médiuns” que testava eram surpreendidos em fraudes ao tentarem mostrar a suposta habilidade de comunicar-se com os mortos. Além disso, a ciência atual já consegue provar que o poder da mente humana é muito maior do que normalmente se pensa.

            Existem pessoas excepcionalmente dotadas de habilidades mentais que conseguem provocar determinados fenômenos.
            E, naturalmente, também há a influência do pai da mentira, o demônio, Satanás, que encontra nessas mentes descuidadas e ingênuas um terreno fértil para espalhar falsas doutrinas e afastar mais e mais pessoas de Deus.
 

            Reencarnação ou Ressurreição? Ao contrário do espiritismo, declaradamente reencarnacionista, o cristianismo crê na doutrina da ressurreição. Muitos autores espíritas defendem a tese de que ressurreição e reencarnação são conceitos idênticos, diferenciados apenas pelo nome. Isso prova apenas uma tremenda má compreensão da doutrina bíblica, ou mesmo enorme má fé ao expor ambos os conceitos.
            Pela doutrina da reencarnação, conforme já foi mencionado, cada espírito necessita de sucessivas “encarnações” a fim de purgar seu “carma”, aperfeiçoando-se até atingir o estágio de “Alma Branca”, sem necessidade de novas encarnações. Assim, reencarnar significa que cada espírito passa por muitas vidas e mortes, sendo na terra ou em outros mundos, até atingir o objetivo final da perfeição. O espiritismo em geral não se refere à vida ou à morte com estes nomes, preferindo usar respectivamente “encarnar” e “desencarnar”.
            Isso contradiz totalmente a Bíblia. O autor da epístola aos Hebreus declara abertamente que “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, e depois disso o juízo”(Hb 9.27). Essa passagem tem sido interpretada pelos espíritas como uma afirmação de que a morte ocorre “uma vez em cada período de vida”, de modo que assim distorcem o sentido original do texto.
            No original grego, o termo usado para uma só vez é HÁPAX. O mesmo termo é repetido no versículo 28, onde se afirma que Cristo se ofereceu “uma só vez” para tirar os pecados de muitos. Jesus Cristo nunca repetiu seu sacrifício, ele foi suficiente para dar a salvação a todos, não havendo necessidade de nenhum complemento. Assim, HÁPAX, no grego, só pode ser traduzido como “uma única vez” em seu sentido literal, algo que não se repete. Se os espíritas buscam apoio neste versículo à doutrina reencarnacionista, estão procurando no lugar errado.

            Outra passagem que costuma ser citada pelos espíritas se encontra em Jo 3.3, quando Cristo diz a Nicodemos que ninguém pode ver o reino de Deus se não “nascer de novo”. “Nascer de novo”, no sentido literal, nada mais é do que a reencarnação. Porém, basta olhar o contexto da passagem para ver que entender essa expressão ao pé da letra é distorcer as palavras de Jesus.
            Já no versículo 5, Cristo dá a explicação do que significa este “nascer de novo”: é o nascer da água e do Espírito. É uma referência ao lavar regenerador e renovador do Espírito Santo de Tt 3.5, o batismo. O batismo é o sacramento que opera a fé no coração do homem pecador. Portanto, sem a regeneração da graça do Espírito de Deus, que opera a fé(e isto pode ser pelo batismo ou pela pregação da palavra), não há salvação.
            Tanto é que logo adiante é mencionado o versículo tido como o resumo de toda a Bíblia, Jo 3.16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Para os espíritas, o sacrifício de Cristo não tem valor salvífico. Assim nota-se claramente a estratégia dos espíritas: tomam um versículo de forma isolada, separado de seu contexto, e dão a ele a interpretação que lhes interessa.

 
            A ressurreição é um conceito completamente diferente do da reencarnação. E é exatamente esta a esperança da cristandade, ensinada claramente na Bíblia. Já no Antigo Testamento Jó afirma esta esperança ao dizer: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo de minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros; de saudade me desfalece o coração dentro em mim” (Jó 19.25-27). A primeira diferença entre ressurreição e reencarnação já fica explícita nesta passagem, pois os reencarnacionistas pregam que o espírito recebe um corpo diferente em cada encarnação. Nesta passagem, porém, Jó afirma que verá a Deus em sua própria carne, com sua pele e seus olhos. Na ressurreição, o espírito recebe novamente o seu corpo, que estará transformado, com qualidades perfeitas, mas será o mesmo corpo que viveu na terra[cf. 1 Co 15. 35-49, onde Paulo afirma que a ressurreição é tal como a germinação da semente, que é lançada à terra e se desfaz, para depois ressurgir em um corpo (a planta) que é a mesma matéria, mas cujas qualidades são bem diferentes].

            Outra diferença é que, enquanto a reencarnação é um processo reiterado, que se repete inúmeras vezes, a ressurreição só acontecerá uma vez, o que se dará no dia do juízo final, quando o mundo atual e a vida terrena deixará de existir (Jo 6.40). Além disso, enquanto a reencarnação (que visa a evolução) é algo pelo qual todos, segundo o espiritismo, devem passar, a ressurreição para a vida eterna descrita em 1 Co 15 é algo que apenas acontecerá para os cristãos. Aqueles que rejeitaram Cristo em vida também ressuscitarão, mas para o castigo eterno (2 Ts 1.9).

            Jesus Cristo é visto como a maior entidade já encarnada, e Kardec considera seu maior mandamento, o amor ao próximo, a virtude suprema.
            Exige-se que tanto os espíritos encarnados como os desencarnados respeitem este mandamento.
            Isso explica o interesse que demonstram por obras assistenciais como asilos, albergues, orfanatos, hospitais... Por isso, a máxima do seu ensino é: “Fora da caridade não há salvação”. Ou seja, Jesus Cristo fica de escanteio. Cristo, para o espiritismo, não é Salvador, não é aquele que deu a sua vida para nos dar perdão dos pecados e Vida Eterna.

            Ao invés de darmos ouvidos a alguém que supostamente vem do reino dos mortos, deveríamos ouvir a Palavra de Deus (Lc 16.29).
            Além disso, existem o diabo e seus anjos. Aliás, o diabo se transveste de anjo da luz (2 Co 11.14) e seus falsos profetas farão grandes sinais com o intuito de enganar os eleitos (2 Ts 2.9). Por acaso as manifestações de espíritos desencarnados não poderiam ser manifestações do próprio diabo e de seus anjos?


Pastor Alessandro Souto



Um comentário:

  1. Ótimo trabalho, pastor Alessandro, Deus te abençoe!
    Resumindo alguma coisa que fomos aprendendo pela graça de Deus, para argumentação com os espíritas:
    Não discrimine o espírita, pois é pecador como todos nós somos, pois Deus ama o pecador e abomina o pecado, portanto, abomine o espiritismo.
    O que os espíritas crêem:
    (A)- Salvação pelas obras: “Fora da caridade não há salvação”.
    (B)- Reencarnação.
    (C)- Evolução espiritual.
    (D)- Contato com os mortos.

    O que nós cremos:
    (A)-Jesus é o único caminho para a salvação, para alcançarmos a vida eterna.
    Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim. (João 14:6)

    (A)-As obras não salvam ninguém.
    Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; ( Efésios 2:8-9)

    (A)-As obras são frutos da fé, portanto não justificam ninguém.
    Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. (Tiago 2:17)
    ... sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, (Romanos 3:24)

    (B)- Não existe reencarnação na palavra de Deus revelada, (Bíblia Sagrada), cremos sim, na ressurreição da carne.
    E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, (hebreus 9:27)
    Pois, quando ressuscitarem de entre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento; porém, são como os anjos nos céus. (Marcos 12:25)

    (C)-Não existe evolução pela força, razão ou mérito de obras do próprio homem, o homem não pode fazer nada pela sua salvação, pela fé em Jesus Cristo sim, nos tornamos justificados perante Deus, então, vale a pena repetir a palavra de Deus:
    Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; ( Efésios 2:8-9)
    ... sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, (Romanos 3:24)

    (D)- Não existe comunicação com os mortos, esta quando não é truque de mágica ou falcatrua de espertos, é sem dúvida manifestação do diabo e sua corja de demônios.
    Ver Lucas 16,” o rico e o mendigo”.
    E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós. (Lucas 16:26)
    Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos. (Lucas 16:31)

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