segunda-feira, 22 de março de 2010

Senhor Jesus, recebe-me!

Muitas pessoas temem morrer. E quando a hora chegar, estamos prontos para Jesus?

Fui procurado por uma senhora irmã na fé. Havia angústia no seu coração. Tinha perdido sua melhor amiga, vítima de um acidente de trânsito. A morte repentina da amiga levou-a a pensar sobre sua própria morte. Foi então que ela se angustiou, pois descobriu que tinha medo da morte. Repartiu seu sentimento com uma colega de trabalho, também cristã, porém de outra denominação. A reação da colega foi a seguinte: ter medo da morte é falta de fé!
 
“Será mesmo falta de fé, pastor?”, perguntou-me aquela irmã. Não necessariamente, pois o medo da morte também pode invadir corações crentes em Jesus. Não esqueçamos que a morte sempre foi e será uma agressão ao ser humano, porque ele não foi criado para morrer, mas para viver. Ora, tudo que nos agride também nos assusta, às vezes mais, noutras vezes menos. Por isso, se um cristão sentir medo da morte em determinados momentos, não poderá ser acusado de estar com “falta de fé”. É tratar com a lei aquilo que brota do efeito da lei.
 
O tratamento deve ser outro. Se há uma agressão, e a morte é exatamente isso, a melhor coisa que podemos ouvir será o quê? Uma notícia que nos garante que existe um socorro certo e seguro contra a agressão e a angústia que ela provoca. Pois eis o socorro: Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo (1 Jo 2.1). A lembrança da morte leva-nos a pensar também no momento em que estaremos diante do santo e justo Deus. Será nada menos do que o encontro do pecador com o Santo! Aliás, isto já acontece agora enquanto vivos. Quando pensamos sobre nossa situação diante de Deus, não há como fugir da triste realidade provocada por nossos pecados. Mas o apóstolo João nos consola; e que consolo!
 
Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo! Não gostamos de pecar, não queremos pecar, contudo pecamos. Infelizmente! Porém temos Advogado que nos defende. Felizmente! Não há dúvidas sobre o resultado da defesa: seremos absolvidos, perdoados, recebidos por Deus Pai não em ira, todavia em amor; não para sermos jogados na condenação eterna, mas colocados por Jesus, nosso Advogado, nos braços do Pai, que abrirá para nós a porta de uma das moradas de sua casa (Jo 14.2). Maravilhoso, consolador!
 
Temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo. Porque Ele é justo, tem poder e autoridade para defender o injusto. Não precisamos pagar pelos seus serviços, nem entrar em fila de espera para sermos atendidos por Ele. Jamais correremos o risco de precisar dele e não encontrá-lo “em casa” para nos atender. Está sempre de plantão, pois o que lhe dá mais prazer é nos defender. Jamais fará isso de cara feia ou a contragosto.
 
Lembro-me de um momento muito especial na minha vida. Na carona em um carro desgovernado sobre uma pista molhada, naqueles segundos que poderiam anteceder um acidente grave e, por que não, minha morte, ocorreu-me dizer apenas o seguinte: Senhor Jesus, recebe-me! Pela proteção de Deus, não houve acidente. Sou grato a Deus pela maravilhosa fé que Ele me deu, a qual me levou a clamar pelo meu Advogado, Jesus Cristo, o justo. Tenho certeza de que, se morresse naquele momento, seria recebido pelo meu Senhor Jesus, meu querido e único Advogado.
 
É também o seu Advogado diante do Pai, querido irmão ou irmã. Senhor Jesus, recebe-me! É o pedido que poderá brotar sempre do seu coração hoje, amanhã, e, especialmente, diante do momento final de sua existência aqui no mundo. Senhor Jesus, recebe-me! Amém.

PASTOR PAULO MOISÉS NERBAS
PRESIDENTE DA IELB
 

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