terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Culto 12 dezembro 2010 - Pastor Alessandro Souto e Teologando Felipe Erdmann Euzebio

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Hinos:
36
252
572
5
85 (alternativo)


Leituras:
Salmo 146
Tiago 5.7-10
Mateus 11.2-15


Sermão do teologando Felipe Erdmann Euzebio
parte 1



Sermão do teologando Felipe Erdmann Euzebio
parte 2




Esperar pela vinda do Salvador
(Mt 11.2-15)

Mui querida congregação, Jesus é o nosso salvador. Jesus é a solução para os nossos problemas. Com Jesus em nossa vida nós não temos nenhuma dificuldade, tudo vai muito bem. Jesus cura a todos de qualquer doença, basta crer. Jesus faz milagres, e para isso ele dá poder as pessoas, para que elas possam realizar. Jesus quer resolver tudo na sua vida, aqui neste mundo.
Vocês devem achar estranho isso que estou falando, parece que estou indo contra aos ensinos da palavra de Deus, não é mesmo? E de fato é isso mesmo, os destaques que fiz a pouco, são algumas das coisas absurdas, que tenho ouvido e estudado a respeito de certas denominações religiosas. Olhando para estas questões, e pensando no nosso personagem do evangelho de hoje, João Batista, eu teria alguns questionamentos para lhe fazer.
 Sabemos que João Batista, o homem escolhido por Deus para anunciar a vinda do Messias, que muito fora anunciado pelos profetas e muito esperado pelo povo. João Batista, o homem escolhido por Deus, para chamar a atenção do povo e alertá-lo, afim de que esteja preparado para receber o Messias, o Cristo, o Filho de Deus. João Batista, o homem que se dedica à sua tarefa com todo carinho. João Batista, que em todo o seu trabalho e em toda a sua pregação não faz outra coisa, senão apontar para aquele que há de vir, o Cristo. Para ele eu gostaria de perguntar sobre:
O que ele seria capaz de dizer, tomando em conta grande parte das pregações que atualmente estão sendo proferidas no seio das igrejas, que ainda se consideram cristãs? Gostaria de indagar sobre o que ele faria se ele visse hoje a palavra de Deus sendo pisoteada, deturpada por homens sem escrúpulos. Sobre o que ele pregaria para as pessoas de hoje, vendo esse tamanho indiferentismo da igreja cristã? O que ele diria se pudesse observar todo esse aparato natalino nos dias atuais, montado pelo comércio, cujo a motivação se resume em negócios. Onde há grande preocupação familiar em onde passar o natal, com quem passar o natal, com os presentes, com a ceia, e assim por diante; talvez em alguns casos esses assuntos acabam gerando discussões; e o menino Jesus acaba ficando em segundo plano. Estes questionamentos, eu gostaria de fazer.
Tenho plena convicção que João Batista não mediria as suas palavras, seriam palavras severas e duras. Talvez usasse das mesmas palavras que usou para repreender o povo de sua época: “Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Já está posto o machado na raiz das árvores, toda a árvore, que, não produz bom fruto, é cortada e lançada ao fogo. Produzi, pois, bom fruto, digno de arrependimento”.
            João Batista exortou tanto “poderosos” como pessoas com menor poder da época, desde o rei Herodes, até os fariseus e saduceus. Tanto ricos, como pobres, poderosos e humildes; e assim como ele dizia na sua época: “Não é justo que...” Certamente hoje ele faria de igual forma. Dizendo: Não é justo o que pensas! Não é justo o que fazes! Não é justo como enganas o teu semelhante! Não é justo como maltrata o teu empregado! Não é justo como abusa da boa vontade do teu patrão! Não é justo usares aos outros! Não é justo mentir! Não é justo o teu desejo de possuir o que pertence ao teu semelhante!
            Imaginem João Batista nos dizendo tudo isto, com certeza vamos perceber quão pecador nós somos. E então apenas nos cabe, reconhecer que somos pecadores, e totalmente dependentes da graça de Deus. E suplicar pelo perdão, que Deus em Cristo Jesus tenha piedade de nós, e não leve em conta as nossas iniqüidades.
            Essa é a figura do precursor de Cristo. Um testemunho vivo da verdade eterna. Ele sabia que deveria preparar os corações humanos a fim de que pudessem receber o salvador do mundo.
            O contexto do evangelho de hoje mostra que João estava preso, e ele envia dois de seus discípulos com a seguinte questão: “És tu aquele que estava para vir, ou devemos esperar outro?”. Eu diria que pergunta oportuna, para o período de advento, onde lembramos a vinda do nosso Senhor Jesus. E quando Jesus é questionado, ele apenas responde sobre aquilo que ele havia feito, pois se olharmos os capítulos que precedem nosso texto, vamos notar que aquilo que Jesus descreve: Os cegos vem, o coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. Após tais evidências, creio que nenhum deles ficou ainda em dúvida se era necessário esperar outro messias. Tudo indicava que o salvador viera.
            Pena que nem todos tiveram a experiência de ver em Cristo, o Salvador. Há muitos que ainda esperam. Milhões que buscam esperança em meio ao desespero, inúmeros que desejam a vida num mundo onde só existe morte. Quem sabe é tempo de todo mundo perguntar: “És tu aquele que estava para vir, ou devemos esperar outro?”
            Amigos! De um lado, é certo que não precisamos mais esperar; Jesus já veio, e continua à: Curar os cegos, que agora tem os seus olhos abertos para o entendimento. Os coxos estão tomando passos certos, passos firmes com os seus pés, no caminho que leva a vida, em Cristo; os leprosos, infectados com o pecado, experimentam o poder curador do evangelho, e são tornados limpos; os mortos em transgressões e pecados vivem a plenitude da vida. Mas, de outro lado, é um prazer imenso quando, durante as semanas que antecedem o natal de Cristo, podemos alegrar-nos, esperando mais uma vez pela gloriosa mensagem natalina: “Hoje vos nasceu o salvador, que é Cristo Jesus, o Senhor!”. Essas palavras eliminam qualquer dúvida, consolam, aliviam, confortam e dão certeza da salvação a cada um de nós.
            Certa vez em um campo de concentração na Sibéria, um homem é preso por anunciar a mensagem de Cristo, e condenado há 10 anos. Na prisão ele foi torturado, massacrado, violentado, explorado. E após 9 anos, ele parece não agüentar mais, suas forças estão se esgotando. E um colega de prisão dele lhe diz: “Agüenta mais um pouco colega, já está chegando a hora de serres liberto”.  E ele responde: “Não desejo mais liberdade terrena, doravante só espero pela vinda do meu salvador, que irá decretar a minha liberdade eterna”. Dois dias depois seu coração paralisa, e sua alma vai rumo a ao céu. Ele havia esperado pelo salvador, e este o levou para as moradas celestiais.
            Querido irmão e irmã, você alguma vez já se perguntou em meio a tantos problemas do dia-a-dia: “Será que preciso esperar outro?”. Não precisamos esperar por outro, nosso salvador já veio, Jesus Cristo, o Emanuel, o Deus conosco; que veio no primeiro natal, e que ressuscitou é o nosso salvador, que virá novamente em glória.
            O natal está às portas, convém que cada um de nós espere, espere não por ser um simples feriado, para compartilhar presentes, para reencontrar familiares, isto também, mas muito mais, para esperar por algo muito mais sublime, se alegrar com a noticia: Hoje vos nasceu o salvador!
            Prepara o teu coração, abre suas portas e permite que o menino Jesus faça dele, o seu berço, e te encha de paz e felicidade. E assim terás o perdão dos seus pecados, junto disso uma consciência tranqüila, e então fortalecerá cada vez mais e a sua esperança na ressurreição, para a vida eterna, com Deus.
            E assim poderás repetir as palavras “Eu também não espero mais por qualquer liberdade terrena, doravante eu só espero pela vinda do meu salvador, que irá decretar a minha liberdade eterna”. Este é o salvador que aguardamos aquele que nos dá uma vida completa, perfeita, não aqui neste mundo, onde ainda somos ao mesmo tempo justo e pecador, e sofremos as conseqüências do pecado, mas no novo céu e nova terra, que Deus tem preparado para cada um de nós seus filhos. Como diz um hino de nosso hinário: Nós estamos no mundo, mas dele não somos; aqui nós vivemos distantes do lar, a nossa morada de paz se reveste, e a pátria celeste é o nosso lugar. Amém!


Cântico final Eu Avisto Uma Terra Feliz


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